A UE toda junta, mesmo sem os EUA, vale três vezes mais do ponto de vista militar que a Rússia. No plano económico, dez vezes mais. O fantasma de uma guerra russa contra a Europa não deveria ser levado a sério. Sucede que Putin é um líder autocrático de um país que tem o 'mindset' de uma era que os europeus acreditavam já ter terminado. A Rússia é um país profundamente desequilibrado, com uma economia fraca e vulnerável, com um problema demográfico crescente. Tudo para sustentar um esforço de guerra brutal e prolongado. Putin pode impor que 40% do orçamento seja dedicado à indústria de guerra. Não liga ao interesse real dos russos, sob a capa de uma narrativa neoimperialista que lhes promete o regresso de uma 'Grande Rússia'. Os países europeus, com opiniões públicas exigentes, têm de gerir perspetivas diversas e ponderar fatores ligados ao desenvolvimento e ao bem-estar. Uma viragem europeia para um 'mindset' de guerra será traumático. A Europa estará em negação para o que está já a acontecer: a Leste, a ameaça crescente de Putin, que nos atira: "Se for preciso lutar estamos preparados"; a ocidente, os EUA têm uma Administração dominada por quem não vê a questão ucraniana como crucial. Trump, Witkoff e Kushner preferem restaurar a posição da Rússia, desde que isso lhes garanta negócios com Moscovo. A Europa tem de acordar e perceber que está ensanduichada. Ter capacidade não basta: é preciso ter vontade.
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