Faz amanhã 50 anos que os portugueses votaram pela primeira vez em democracia. Para trás ficaram os simulacros eleitorais da ditadura de Salazar de que é impossível escrever História por falta de documentos fiáveis. A ditadura abusava de manigâncias e prepotências e os oposicionistas denunciavam sem ter como provar. Após o dia de vibrante cidadania da eleição para a Constituinte, um novo Portugal nasceu. Houve resistências ao veredito dos votos, mas a democracia impôs-se. Até hoje contam-se 18 votações para a Assembleia, 13 Autárquicas, 10 Presidenciais, 9 Europeias e 3 Referendos, além de 28 Regionais na Madeira e Açores e centenas de intercalares, onde se inclui uma eleição na Câmara de Lisboa, em 2007. As próximas Legislativas serão a 54.ª votação de âmbito nacional. A intensa prática democrática não se traduz, porém, em melhoria do sistema. Viu-se apenas uma abertura nas candidaturas ao Poder Local. Péssimo é que a criação de círculos uninominais na eleição para a Assembleia da República espere há 28 anos para ser implementada. Aos cidadãos ainda não se lhes permite escolher os seus representantes a não ser por sigla de partido. Como noutras matérias há quem persista em amarrar-nos à menoridade.
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