A cena com André Ventura, na Nazaré, lida no CM de ontem ou vista nas TV, constitui uma joia exemplar do que acontece na campanha para as autárquicas. Numa arruada, o líder do Chega experimenta uma trotineta elétrica, mas passa rápido à ‘selfie’ com o jovem que lhe cedera o veículo. E diz-lhe: “Olha para isto. Vais lembrar-te disto quando eu for Presidente da República”. O interlocutor aponta outra direção e observa: “Conto contigo no Governo”. A resposta do político é “Podes contar”. Ele não é, no entanto, o único a fazer várias campanhas numa. Luís Montenegro desdobra-se em líder do PSD que sabe tudo o que o Primeiro-Ministro congemina, e em governante atento às medidas suscetíveis de ganhar municípios e freguesias para o partido. José Luís Carneiro aproveita, por seu lado, as deslocações por todo o país para ganhar asas e a arte de homem do leme no PS. Para estes três e muitos outros, os interesses pessoais e partidários passam à frente das preocupações dos cidadãos. A campanha faz barulho, mas não contagia. Falta quem pense. Sente-se o desenhar de abstenção elevada. E ainda bem que não há favoritos para não surgirem fiascos tipo Gomes e Menezes no Porto ou João Soares e Medina em Lisboa.
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Interesses pessoais e partidários passam à frente das preocupações dos cidadãos.
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