Quando se começou a falar do boom do rock português e se tentou criar um momento de explosão para o início do ‘movimento’, já muitos músicos por cá andavam (há vários anos), entre eles Sérgio Castro e António Garcez, primeiro com os Psico e depois com os Arte e Ofício. "A ideia de que o rock português aparece numa determinada data é fabricada pela indústria. Quando se começa a falar do boom do rock português, pareceu-nos muito estranho, porque para nós ele já tinha acontecido", dizia-me Sérgio Castro. "O que a indústria queria era atirar para a frente um produto novo que supostamente ia ser negócio". E foi neste contexto que surgiram os Trabalhadores do Comércio, precisamente para contrariar a ideia e "ridicularizar a tentativa de negociata". Anti-sistema, com letras irreverentes, sotaque do Porto e uma criança de sete anos na formação, o tiro, no entanto, saiu-lhes pela culatra. "Quando pensávamos que as pessoas iam rir do que fazíamos, de repente tínhamos uma quantidade enorme de seguidores. Quisemos desmontar o panorama e de repente fazíamos parte dele". De lá para cá, os Trabalhadores do Comércio assistiram ao crescer da tal "negociata", à ascensão da indústria e do mercado e depois à sua queda a partir do final dos anos 90 com o incremento da internet e do streaming. Viram nascer uma outra "negociata", até mais perversa e penalizadora para os artistas. "Hoje pagam-nos aquilo que quiserem. Há uns anos, pelo download de 260 mil canções entre as quais ‘Chamem a Policia e o ‘Está quietinho?’, recebi 60 euros que mal deram para jantar. Em 1980 se vendesse 260 mil singles comprava um chalé".
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