Os Delfins são provavelmente a banda mais injustiçada da história da música portuguesa. E são-no desde o início. Quando ainda andavam pelo circuito de bares, mal conseguiam tocar em Lisboa, só pelo facto de serem de Cascais. "Não éramos bem vistos, porque éramos considerados os betinhos da linha", dizia-me Miguel Ângelo um dia destes. Curiosamente, por essa altura, o grupo tocava mais na Ribeira do Porto, "que até era muito mais hard core, mas onde os Delfins eram muito bem recebidos", do que no Bairro Alto em Lisboa. Em 1985 concorreram ao Festival da Canção, ficaram em último lugar, foram ostracizados e até chegaram a sugerir-lhes que mudassem de nome porque "Delfins estava queimado". Mas eles não cederam. No ano 2000 lançaram o disco ‘Sete’ e o polémico ‘Sharon Stone’, a mais incompreendida canção da carreira. Depois vieram "as bocas de alguns comediantes" e a coisa alastrou como um rastilho. "Mas olha, antes mal amados do que indiferentes", diz Miguel Ângelo. O grupo anunciou o fim em 2008, regressou em 2019, mas nesse entretanto, como sempre, nunca deixou de tocar nas rádios. Hoje, diz o cantor, passa "mais de 100 vezes por mês nas principais rádios nacionais". Ainda assim, os Delfins continuam a ser, para alguns, uma espécie de ódio de estimação, algo que de resto é apanágio das grandes bandas, mesmo aquelas que, como eles, são donos de um dos maiores repertórios pop nacionais. Então, bora lá comemorar os 40 anos em 2024 e deixemo-nos de ‘merdas’...
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