Há dois tipos de políticos, os sprinters e os corredores de fundo. Os primeiros são excelentes em campanha, atraem o voto como o mel moscas. Mas, uma vez no poder, não sabem o que fazer dele, entediam-se com os jogos ditados pela democracia. Erram, não trabalham. Desistem ou vendem-se.
Os corredores de fundo são os homens (ou mulheres, claro) de Estado. Em regra, mentem com maior dificuldade, e por isso perdem os debates, deixam os comícios mornos. São menos sexy, em suma, na fase da paixão que uma campanha sempre visa ser. Uma vez no poder, porém, este género de líderes tem uma resiliência com que nenhum sprinter do voto sequer sonha.
No grupo dos sprinters estão políticos como Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e mesmo Mário Soares. Na segunda espécie, mais rara, encontram-se exemplares como Cavaco Silva e António Costa.
O Orçamento de 2017 dá com uma mão e tira com a outra? Sim. Mas a que dá, nos impostos diretos, é visível, quase ostensiva. Já a mão que tira, na carga pública sobre o consumo, é suave e impercetível.
Este orçamento é digno de Quina, a mestre carteirista. Desde Cavaco não se via tamanha mestria.
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