Há cerca de 25 anos o então ministro do Ambiente, Sócrates, comunicou-me a decisão de não autorizar um empreendimento turístico com campo de golfe, previsto no PDM da Figueira da Foz, em 100 hectares. Disse-me que era Rede Natura, e que tinha sido encontrado um lince-ibérico. Foi chocante, e senti uma grande revolta. Hoje, sinto-me mais ou menos do mesmo modo: acabei de ter conhecimento de que um Tribunal Administrativo de Coimbra tinha decidido não levantar a suspensão da execução da obra de uma ponte que ligará duas margens do nosso concelho entre Alqueidão e Vila Verde. A luta por esta ponte vem desde o executivo camarário anterior, fiz tudo para resolver o assunto, para lá da mudança de governo. A decisão da juíza, comunicada ontem à tarde, foi a de que não tinha ficado provado que o levantamento da suspensão causasse menos prejuízos do que a sua manutenção. Juntámos cartas do presidente de um município vizinho comprovando o interesse também para esse município, e para juntas de freguesia desse município, Soure, da obra em causa. Há décadas que as pessoas esperam por essa obra e a sua realização evitará meia hora diária de deslocação para muitas pessoas que trabalham em unidades industriais noutras zonas do concelho. Como pode um tribunal entender que o prejuízo de uma empresa é maior do que o de todas estas populações? O que pensar de uma posição dessas? Qualquer decisão que queiramos levar por diante, mais transformadora, tem que percorrer a estrada de Damasco. Outra estrada, a variante de Quiaios, enfrenta um processo complicadíssimo desde o início do mandato, uma estrada de 4 km para evitar a passagem muito estreita e perigosa pela rua central da bonita freguesia de Quiaios. Ainda não está adjudicada e agora pediram-nos um estudo arqueológico num pinhal. Há quase 4 anos que dura este processo. Acresce a estas situações a notícia recebida ontem à tarde de que um pagamento que está em dívida há um ano, e outros há bem mais, pelo Turismo de Portugal, não seria pago. Uma brincadeira inadmissível! O pedido não tinha sido feito antes de o evento começar. Durante anos, décadas, a prática tem sido a oposta. Estes são alguns exemplos do que é o dia a dia dos perigosíssimos autarcas. Isto chegou a um ponto absolutamente inaceitável.
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