A importância do que se grava, do que se filma ou do que se escreve é que perdura, ao contrário do fogo que torna tudo em carvão e cinza por onde passa. Por isso, será interessante voltar a ler este texto daqui a um ano ou dois para perceber se, de facto, algo mudou ou se, como antes, se esfumaram as promessas de mudança e as lições que muitos dizem já ter aprendido, mesmo que o fogo ainda não esteja de todo apagado. Afinal, é preciso reformar praticamente tudo, como se o que se tem vindo a fazer valesse pouco ou nada: desde reorganizar a Proteção Civil, tornando-a subregionalmente mais eficaz, até criar um novo plano para a floresta. E para já? O Governo tirou 45 medidas de apoio da cartola, em contrarrelógio, e Montenegro lá voltou a falar com voz de comando, perante a redundância até agora revelada pela ministra da Administração Interna. Depois de se ter colado ao "esgotamento" coletivo, o primeiro-ministro serenou e optou por dizer que nunca "menosprezou a ameaça". Mas lá voltou à questão que tanto lhe é cara, a da dúbia "perceção". Sim, podia ter sido melhor. Não, não pode voltar a acontecer. O fogo, esse, mostrará se o que agora se anunciou fica ou não queimado no papel.
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