A luz vai abaixo. Jorge pragueja. A mulher vai à janela. “É geral!” Nos arredores de Lisboa, por longas 9 horas, Jorge busca pelo transístor a pilhas... que não tem pilhas. Só há duas velas em casa. Vasculha pelo ferrugento candeeiro a petróleo, recordação da aldeia da Beira Interior onde nasceu e viveu antes de migrar aos 13 anos para trabalhar em Lisboa. “Deve funcionar! Mas onde é que vou arranjar petróleo?!” Fecha os olhos e regressa aos anos 60. Revê a avó junto à lareira, as brasas afogueadas, os enchidos ao fumeiro, o odor carregado, a salgadeira a um canto. Frigorífico? O que é isso?! Não há luz eléctrica, nem ali nem em centenas de aldeias, povoações e freguesias do País. Há candeeiros a petróleo, ou antes, a querosene. O líquido avermelhado de cheiro intenso que faz incendiar a torcida. Vende-se em todas as mercearias. E a luz do luar. Nalgumas regiões, chamam-lhe o “candeeiro de paróquia”. Lanterna a pilhas é luxo, gerador só para ricos. Candeeiros de latão usam-se para alumiar os mortos quando velados em casa.
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