Na sequência de notícias sobre a mudança de poder em curso na Media Capital, Mário Ferreira apresentou uma queixa na ERC contra a Cofina. A direção do Correio da Manhã e da CMTV mandatou os seus advogados para avançarem com queixa-crime por difamação contra o empresário e seus aliados, que o secundaram, por considerarmos esse ato um ataque à nossa dignidade profissional.
A atitude destes empresários desclassifica-os como putativos candidatos a investidores na comunicação social. A lei proíbe expressamente os proprietários e administradores de se envolverem nos critérios editoriais das redações. As decisões editoriais cabem aos jornalistas e a responsabilidade última é do diretor. Essa é uma linha vermelha que nunca foi pisada na Cofina, mas que pela atitude dos novos acionistas da Media Capital tememos que seja violada num grupo que gere um bem público concessionado (licença TVI), importantes rádios e sites de informação. É fundamental ter cultura democrática para gerir órgãos de comunicação social.
Sobre a mudança de poder em curso continuaremos a investigar o currículo, em alguns casos o cadastro, dos investidores, e tentar saber a origem do dinheiro. E continuaremos a escrutinar o papel das autoridades reguladoras no processo. Sem medo, doa a quem doer, porque a liberdade de imprensa é um bem tão precioso como o ar que respiramos.
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