Antes da chegada dos europeus à América, o povo maia possuía uma das civilizações mais avançadas do continente americano, dispondo de grandes conhecimentos científicos e tendo-nos deixado um legado de inestimável valor, sobretudo, no domínio das artes e da arquitectura. As suas concepções religiosas eram sofisticadas e não deixa de ser curiosa a facilidade com que essas mesmas concepções se associaram posteriormente ao cristianismo, num fenómeno sincrético que tem sobrevivido até aos nossos dias. Subsiste, porém, um mistério ainda hoje por decifrar: o que terá causado o declínio e quase desaparecimento desta civilização tão brilhante mas que, quando os espanhóis chegaram ao Novo Continente, já quase não existia?
Herdeira em grande medida da tradição histórica maia, a Guatemala moderna soube conquistar nos últimos anos um elevado grau de progresso social e económico. Além disso, a democracia tem vindo a ganhar espaço e a oferecer boas perspectivas de segurança e bem-estar aos seus habitantes. Quanto ao país em si, é um pouco maior do que Portugal tanto no que respeita à área como à população e tem sabido abrir pouco a pouco a sua cultura, as suas reservas arqueológicas, as suas tradições gastronómicas e as suas belezas naturais – é um dos países do Mundo com mais vulcões activos – aos benefícios do turismo.
Uma recente visita a este país despertou-me a curiosidade quanto à origem da palavra ‘Guatemala’. O tema tem sido amplamente debatido, mas o embaixador Manuel Arturo Soto, um notável jurista e homem de saber guatemalteco que me tem honrado com a sua amizade, facultou-me pistas para uma resposta a essa questão: para uns, ‘Guatemala’ viria da palavra náhuati ‘Cuauhtemallan’, que significa ‘país dos muitos bosques’; para outros, na sua origem estaria o termo maia ‘uhatezmala’, que corresponde a vulcão ou ‘monte que lança fogo’.
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