A imagem do procurador Rui Cardoso é expressiva. Entrevistado pelo ‘Público’, a propósito da diretiva 4/2020, da procuradora-geral da República, que reforça os poderes de intervenção da hierarquia na gestão concreta das investigações, restringindo a liberdade de ação dos magistrados que as dirigem, Rui Cardoso questiona se o Ministério Público passa a ser uma magistratura apenas de soldados e cabos. Na verdade, ao colocar a questão das ordens só entre cada magistrado e o seu superior imediato, a diretiva parece admitir que toda a outra hierarquia – de procuradores distritais até à procuradora-geral – pode agir na sombra, sem deixar rasto no inquérito. O que significa dizer sem possibilidade de alguém escrutinar. Simplificando: a procuradora-geral pode proibir buscas ou escutas telefónicas a seu bel-prazer, escolhendo ou eliminando os alvos que lhe apetecer, sem que se possa sequer saber que foi ela. Até na tropa as ordens dos generais são escrutináveis, a menos que sejam secretas por razões de segurança nacional. Ficam escritas ou têm testemunhas que as podem levar a tribunal militar. A procuradora-geral atribui a si própria um estatuto de total impunidade e deixa os soldados e os cabos a matarem-se entre si.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Anda tudo a dormir o sono pesado da canção do bandido.
Lançou a vergonha sobre o Brasil e sobre a sua credibilidade democrática.
As ações dos EUA têm consequências e custos.
Processo exige uma forte mobilização de Professores e Investigadores.
Sendo a perda de share significativa, a perda de audiência efectiva (rating) é menos acentuada.
Porque os profissionais de polícia ganham mal, o governo compensa salários baixos.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos