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Luís Tomé

Luís Tomé

Professor Catedrático de Relações Internacionais

Terrorismo no Ocidente

15 de dezembro de 2025 às 00:30

O ataque terrorista contra um festival judaico na praia de Bondi, em Sydney, Austrália, não é, infelizmente, um evento isolado, longe disso. Nos últimos anos, no Ocidente (EUA, Canadá, Europa, Austrália e Nova Zelândia), os incidentes terroristas por antissemitismo aumentaram drasticamente, tal como aumentaram por islamofobia. A realidade é que a ameaça terrorista no Ocidente é persistente e multiforme, com duas particularidades. Primeira, as principais motivações não são religiosas, são políticas, sobretudo, associadas a determinadas narrativas das extremas esquerda e direita. Só na União Europeia, entre 2020 e 2024, a EUROPOL registou um total de 280 atentados terroristas, dos quais 97 de motivação de “extrema-esquerda e anarquista”, 88 de tipo “etnonacionalista e separatista”, 68 de matriz “jihadista”, 17 de “extrema-direita” e 10 “outros e indefinidos”. Segunda, a larga maioria dos ataques terroristas no Ocidente tem sido perpetrada por “lobos solitários”, cuja percentagem aumentou de 55%, em 2017 para 92%, em 2024. Atendendo à instrumentalização política de certos “ódios”, o fenómeno terrorista no Ocidente tende a agravar-se.

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