Os discursos de redução de impostos são belas histórias, mas não passam de ficção. Foi anunciada uma baixa simbólica do IRS, mas enquanto a despesa do Estado não baixar, estamos condenados a pagar sempre uma maior carga fiscal. E se há algum bónus no IRS, haverá impostos indiretos que compensam essa medida. Com um Estado tão gastador estamos mesmo condenados a pagar mais impostos, não diretos como o IRS, mas indiretos, menos dolorosos politicamente, como é por exemplo a pressão tributária sobre os combustíveis que castigam os automobilistas que precisam de abastecer o seu veículo com gasóleo ou gasolina.
Os preços dos combustíveis em Portugal são dos mais caros da União Europeia (UE) e os impostos são a grande causa deste fenómeno. Segundo o mais recente relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), com dados referentes ao segundo trimestre deste ano, os preços do gasóleo simples e da gasolina 95 simples no país eram os nonos mais caros de toda a UE, com o valor médio a cifrar-se nos 1,537 euros e nos 1,689 euros por litro.
A diferença entre o preço praticado em Portugal e em Espanha, no caso da gasolina, alcança os 21,4 cêntimos por litro, enquanto em relação ao gasóleo fica-se pelos 15,1 cêntimos. E é precisamente peso dos impostos que faz disparar o valor que cada português tem de pagar a abastecer o seu veículo.
Os economistas costumam dizer que não há almoços grátis e a despesa do Estado fica mesmo muito cara aos contribuintes.
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