A guerra dos cravos vermelhos e das rosas brancas mostrou bem ao que iam a direita radical e a extrema-direita nas comemorações do 25 de Novembro. O gesto de colocar rosas brancas por cima dos cravos vermelhos ou de retirá-los da tribuna simbolizou o revisionismo, o divisionismo, o ódio puro e simples ao 25 de Abril. Os que ali foram falar dos desmandos do PREC ignoraram os mortos dos ataques às sedes do PCP, do MDP-CDE, do próprio PS. Ignoraram o aventureirismo do MDLP e do ELP. Silenciaram os mortos do terrorismo de direita que se agrupou na Rede Bombista, essa continuação da violência política até 1976. O seu silêncio e omissão transformam verdadeiros bandidos em ‘resistentes’ anticomunistas. Manipularam uma data essencial da caminhada para uma democracia pluralista, representativa e europeísta, conspurcando o nome e a memória dos que verdadeiramente lutaram pela liberdade. Antes do 25 de Abril, durante o PREC, em todos os momentos em que isso convocou a coragem e a lucidez, predicados que não se encontram em nenhum daqueles senhoritos que ontem subiram à tribuna em nome de um triunfo que os seus avôs, tios ou pais nunca tiveram.
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