Três milhões do Estado financiam campanha às Europeias
Subvenções públicas são a principal fonte de financiamento de 17 partidos e coligações.
O Estado é a principal fonte de financiamento da campanha eleitoral às Europeias de 26 de maio.
Dos quase cinco milhões de euros que os 17 partidos e coligações contam gastar 3,35 milhões serão pagos pelos cofres públicos, segundo os orçamentos já entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que funciona junto do Tribunal Constitucional.
O PS é o partido que mais pesa nas contas do Estado, ao receber 1,15 milhões de euros. Logo a seguir está o PSD, com 790 mil euros, a CDU, com 565 mil euros, e o partido Aliança, de Pedro Santana Lopes, que espera arrecadar 350 mil euros.
Depois do Estado, são os próprios partidos que mais vão contribuir para a campanha. No total, são 877 700 euros que as várias formações políticas preveem desembolsar, com o CDS, a CDU, que junta PCP e PEV, e o PSD à cabeça.
O partido de Assunção Cristas vai contribuir com 312 mil euros, a coligação de Jerónimo de Sousa reservou 265 mil euros e o partido de Rui Rio irá gastar 100 mil euros.
A terceira fonte de financiamento passa pela angariação de fundos. Nesta campanha, os movimentos partidários que concorrem ao Parlamento Europeu contam receber cerca de 744 mil euros em donativos, a parcela mais magra dos orçamentos partidários. Mas, para a coligação Basta!, de André Ventura, é a fatia mais generosa.
A formação que junta o Partido Popular Monárquico, o Partido Cidadania e Democracia Cristã, o Chega e o movimento Democracia 21 é a campeã na angariação de receita: 400 mil euros.
Neste pódio estão ainda o Bloco de Esquerda, com 151 300,88 euros, e o PS, com 100 mil euros. Já o PSD e o CDS não inscreveram valor algum nesta rubrica.
No total, a campanha destas Europeias será mais cara em meio milhão de euros do que a anterior, de 2014. Agora, só os socialistas apresentam um orçamento acima de um milhão, quando há cinco anos também a CDU ultrapassava esse valor.
PORMENORES
Sem subvenção estatal
O CDS, o PAN, o Basta!, o MAS e o PNR estão entre os 10 partidos que não vão receber qualquer subsídio do Estado.
Aliança ambiciosa
O partido de Santana Lopes conta receber do Estado 350 mil euros, valor idêntico ao que o Bloco arrecadou em 2014.
Estreantes
Nestas Europeias, há cinco estreias face a 2014: Nós, Cidadãos!, Iniciativa Liberal, PDR, Aliança e a coligação Basta!.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt