Ameaça populista travada nas eleições europeias

Populares e socialistas perdem maioria no Parlamento Europeu, mas bloco de extrema-direita não cresceu tanto como o esperado.

27 de maio de 2019 às 01:30
Parlamento Europeu Foto: IStockPhotos
Parlamento Europeu prepara-se para a votação final na diretiva dos direitos de autor, entre 25 e 28 de março Foto: Reuters

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O Partido Popular Europeu foi a força política mais votada nas eleições deste domingo, seguida pelos socialistas, embora os dois grandes partidos europeus tenham perdido a hegemonia de que até agora gozavam no Parlamento Europeu.

Já a tão temida ameaça populista foi contida, ficando muito aquém da ‘minoria de bloqueio’ que almejava.

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De acordo com as projeções, populares (180 eurodeputados) e socialistas (152) perdem cerca de 40 lugares cada, em parte, devido à ascensão da Aliança dos Democratas e Liberais (105), impulsionada pelo partido Em Marcha, do presidente francês Emmanuel Macron, não obstante a derrota ‘caseira’ para Marine Le Pen.

O sucesso da extrema-direita francesa e a esperada vitória da Liga italiana, de Matteo Salvini, não foram suficientes, no entanto, para projetar as forças populistas, eurocéticas e radicais para a posição de força que esperavam ter no próximo Parlamento Europeu, apesar de uma forte subida.

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Destaque ainda para os Verdes, que foram a quarta força mais votada na Europa.

Sortes distintas na Europa

Merkel (CDU) venceu na alemanha, mas a queda do spd, que ficou em terceiro, atrás dos verdes, pode ditar o fim da coligação.

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Emmanuel Macron perdeu as europeias por um lugar para a extrema-direita de Le pen, mas teve mais votos do que o esperado.

Pedro Sánchez repetiu a vitória das recentes legislativas. Socialistas espanhóis tiveram 32,8%, bem à frente dos 20,1% do partido popular. Vox deverá eleger três eurodeputados.

Partido de Theresa May foi obliterado. Ficou em quinto, com 7%, atrás do Partido do Brexit, trabalhistas, liberais e verdes.

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Populistas reforçados

A Liga, do vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, venceu o movimento 5 estrelas e pode alterar o equilíbrio de poder em Itália.

Partido anti-imigração Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, foi o mais votado na Hungria, com 52%.

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Partido do Brexit, liderado pelo eurocético Nigel Farage, antigo líder do UKIp, venceu as eleições europeias no Reino Unido com 39% dos votos.

Partido de extrema-direita união nacional, de Marine Le Pen, foi o mais votado nas europeias em França, com 23,6%.

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