Governo estima poupar 40 milhões de euros em 2026 com controlo às fraudes na Segurança Social
Ministra referiu que implementação do programa 'Primeiro Pessoas' tinha permitido retirar mais de dois milhões de pessoas do atendimento presencial no serviço.
O Governo estima poupar 40 milhões de euros em 2026 com o reforço dos mecanismos de controlo às fraudes e pagamentos indevidos na Segurança Social e a implementação do programa 'Primeiro Pessoas', disse esta sexta-feira a ministra do Trabalho.
Na intervenção inicial no âmbito da audição da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicou que o Governo vai "continuar a reforçar os mecanismos de controlo que evitem pagamentos indivíduos da Segurança Social e previnam as fraudes" no sistema, realçando que esta medida "juntamente com o programa 'Primeiro Pessoas' deverá permitir uma poupança muito relevante para o erário público ao longo dos próximos anos".
"Só em 2026 estimamos uma poupança de 40 milhões de euros com a conjugação destas duas medidas", precisou Rosário Palma Ramalho.
Em 24 de outubro, aquando da audição no âmbito da discussão na generalidade do OE2026, a ministra referiu que a implementação deste programa tinha permitido retirar mais de dois milhões de pessoas do atendimento presencial da Segurança Social.
Segundo a ministra, entre as medidas quer serão implementadas no âmbito do programa 'Primeiro Pessoas', tendo em vista "melhorar significativamente a relação da Segurança social com as pessoas e as empresas", está "a simplificação da declaração das remunerações à Segurança Social", cuja medida vai avançar em janeiro do próximo ano, para reduzir "os custos de contexto das empresas".
O programa 'Primeiro Pessoas' visa modernizar e digitalizar os serviços da Segurança Social e permite, entre outras medidas, que os pagamentos possam ser feitos por IBAN virtual, MB Way ou na app.
Questionada pela deputada e líder da Iniciativa Liberal sobre medidas que incentivem as contas-poupança, a ministra do Trabalho indicou, já durante a primeira ronda de questões, que o "Ministério das Finanças vai estudar essa matéria no próximo ano", tendo em vista a "apresentar uma proposta de diploma que enquadre as contas de poupança eventualmente com benefícios fiscais".
"Como não é especificamente da minha área, não posso dizer como é que se modela neste momento a medida", sublinhou, garantindo, no entanto, que [o Governo] não está "desatento" às "comunicações bastante audíveis e recentes" da Comissão Europeia sobre essa matéria.
Além disso, a governante salientou que o grupo de trabalho que está a estudar a sustentabilidade da Segurança Social também deverá "apresentar propostas para alargar a subscrição de regimes complementares, de regimes de capitalização".
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