"Cavaco foi conivente no caso Banif"

Marisa Matias ataca atual Chefe de Estado.

30 de dezembro de 2015 às 02:00
30-12-2015_02_13_49 11198619.JPG Foto: Vítor Mota
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Correio da Manhã – O que a levou a candidatar-se?

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Marisa Matias – Foi perceber que estamos num novo ciclo político. Percebi que tem de haver uma mudança das instituições e alguém que defenda o País.

Ouviu muitas pessoas antes de avançar?

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Obviamente que se eu achasse que não tinha condições para apresentar uma proposta alternativa para responder a este ciclo político não o teria feito. E nós saímos de um ciclo de austeridade tal que os pilares da democracia e os direitos consagrados na Constituição foram postos em causa. Muitas pessoas ficaram fora do Serviço Nacional da Saúde e assistimos a um ataque à escola pública...

E o que pode um Presidente fazer nessas matérias?

São direitos constitucionais.

Dissolveria o Parlamento?

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O Presidente está numa posição por excelência para dar voz às pessoas. Vimos pessoas a serem forçadas a emigrar porque quem estava na Presidência não as defendeu.

Cavaco Silva enviou alguns diplomas para análise....

Eu não disse que passaram todos. Mas estão na memória dos portugueses momentos cruciais em que houve propostas do Governo para cortar salários e pensões. E se não fosse o Tribunal Constitucional a pôr na ordem o Presidente, teriam passado...

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No caso do Banif, deixava falir o banco?

Sou favorável a resolver os problemas de estabilidade da Banca? Sou. Mas não é enterrando dinheiro dos contribuintes, cêntimo atrás de cêntimo. O que tivemos foi um Presidente, em conjunto com um Governo e um governador, coniventes em empurrar problemas com a barriga, em salvaguardar interesses da Banca e em proteger amigos. Foi isso que esteve em causa.

A esquerda nunca tem um candidato único para Belém. Porquê?

Essa questão faz sentido pois, como é óbvio, causa alguma confusão às pessoas haver quatro candidatos na área do PS. Mas há propostas diferentes.

Não se corre o risco de favorecer Marcelo Rebelo de Sousa?

Não lhe parece que havendo mais candidaturas e mais capacidade de mobilização dos eleitores é mais fácil tentar um cenário de segunda volta? Eu apresento-me para a disputar. E entendo que todos os espaços devem ser ocupados para que isso seja possível.

A esquerda nunca tem um candidato único para Belém. Porquê?

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Essa questão faz sentido pois, como é óbvio, causa alguma confusão às pessoas haver quatro candidatos na área do PS. Mas há propostas diferentes.

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