Paulo Raimundo deseja que em 2026 se "imponha a política ao serviço" de quem trabalha

Secretário-geral do PCP dirigiu palavras de "confiança e esperança" a todos os que trabalham no País.

29 de dezembro de 2025 às 14:02
Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP Foto: Tiago Petinga/LUSA_EPA
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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, desejou esta segunda-feira que, no próximo ano, a força que permitiu uma greve geral contra o pacote laboral "imponha de uma vez por todas a política ao serviço" de quem trabalha.

Na mensagem de Ano Novo, Paulo Raimundo começou por dirigir palavras de "confiança e esperança" a todos os que trabalham no país e aos que, "por esse mundo fora, foram à procura da vida melhor que Portugal lhes negou", lamentando que o país atravesse um "drama no acesso à habitação e à saúde e a falta de professores" e que haja "mês a mais para o salário".

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O secretário-geral do PCP salientou, no entanto, que a "força de quem trabalhou uma vida inteira, a força do povo e a força de juventude e, acima de tudo, a força de quem produz a riqueza" é uma "força imensa, tal como demonstrou a greve geral".

"Juntos, rejeitaram o pacote laboral e afirmaram o caminho que se impõe: salários, direitos, dignidade, respeito. Que essa força imensa tome nas suas mãos os seus direitos e imponha de uma vez por todas a política ao seu serviço, tal como está inscrito na Constituição da República Portuguesa", pediu, apelando depois ao voto em António Filipe nas eleições presidenciais.

Para Paulo Raimundo, o atual momento exige "trabalho, direitos, desenvolvimento, soberania, vida justa, progresso e paz" e é "por tudo isso" que se deve lutar com "toda a confiança e com toda a esperança".

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"O nosso problema não é falta de ânimo. O nosso problema não é falta de capacidade. O nosso problema não é falta de meios nem de recursos. O nosso problema é a falta de salários, é a falta de reformas, é a falta de creches, a falta de lares, a falta de acesso à saúde, a falta de médicos, a falta de professores, a falta de habitação", sublinhou.

O líder comunista criticou o "ramerrame da precariedade" a que "querem acrescentar mais o ramerrame dos baixos salários", acrescentando que é "a este ramerrame que é preciso dar resposta".

Raimundo concluiu a mensagem para 2026 enfatizando que a "força imensa" dos trabalhadores, da juventude e do povo "já demonstrou e vai continuar a demonstrar que, se empenhada ao seu serviço, se empenhada pelos seus direitos" vai permitir uma vida melhor, sendo "com essa confiança e com essa esperança" que é enfrentado o novo ano.

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