Pedro Nuno Santos defende nomeação da mulher e conta história de como se conheceram

Ministro contou como conheceu Catarina Gamboa, sua mulher e chefe de gabinete do secretário de Estado Duarte Cordeiro, no Facebook.

18 de março de 2019 às 11:58
Pedro Nuno Santos Foto: Facebook
Pedro Nuno Santos Foto: Facebook

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Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, justificou no Facebook a nomeação da sua mulher, Catarina Gamboa, para chefe de gabinete de Duarte Cordeiro, secretário de Estado adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

Para isso, contou a história de como se conheceram, considerando que "o povo tem o direito de questionar e de querer garantir que os cargos de poder político não são usados para que alguns se sirvam a si e às suas famílias".

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"Sinto o dever de relatar de forma breve a minha história e a da Catarina. Faço-o, não apenas por sentir esse dever para com o povo português, mas também por respeito ao Duarte e, sobretudo, à Catarina, que não merece ser menorizada no seu percurso profissional - que nada deve a mim - apenas por ser minha mulher. A Catarina, que é a minha mulher e a mãe do meu filho Sebastião [que nasceu em 2016] é, também a Catarina Gamboa: excelente profissional, pessoa de enorme competência e confiança - e hoje chefe do gabinete de Duarte Cordeiro."

O ministro detalha ter conhecido a mulher há cerca de 16 anos através de Duarte Cordeiro, enquanto disputavam eleições. "Ele ganhou a concelhia de Lisboa e eu a Federação de Aveiro e começámos a preparar o terreno para conquistarmos a nacional. Foi nesse percurso que conheci uma jovem militante da equipa concelhia do Duarte. Uma mulher bonita, divertida e com muita graça, inteligente, desafiadora e, sobretudo, competente. Ela era inquieta, rebelde, sempre pronta a desafiar e a questionar as minhas decisões. Mas apesar de chocarmos muito, gostava da personalidade dela e do seu instinto político. Era uma pessoa assim que precisávamos na nossa equipa e foi por isso que ela fez parte do meu primeiro Secretariado Nacional da JS", relata.

Cordeiro começou a trabalhar com Catarina Gamboa na Câmara de Lisboa, quando chegou a vereador, quando Pedro Nuno Santos e a agora mulher ainda não eram um casal: "Foi mais ou menos por essa altura que eu e a Catarina nos reencontramos. Desta vez, comigo mais maduro, e com a Catarina igualmente gira, divertida e inteligente, acabámos apaixonados um pelo outro."

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"Nos tempos mais recentes, tanto o meu percurso profissional e político como o do Duarte e o da Catarina continuaram a avançar. Eu fui convidado para exercer as funções de Ministro das Infraestruturas e da Habitação e o Duarte as de Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares. A Catarina que, entretanto, tinha assumido funções de coordenação do gabinete do Duarte enquanto Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, acompanha-o agora para o Governo e ele convida-a para sua chefe do gabinete. Foi assim que as coisas se passaram. A realidade é sempre mais longa e complexa do que as notícias e os títulos dos jornais", considera.

O ministro diz que ter-se apaixonado por alguém que conheceu através do trabalho "acontece com políticos e acontece em muitas outras profissões"." E é fácil compreender porquê: afinal, é nesses meios que passamos a maior parte do nosso dia-a-dia, e é com essas pessoas que partilhamos as vitórias e as derrotas profissionais e pessoais", acrescenta.

"Podia dizer que a nossa história é tão banal como a de qualquer outro casal. Mas compreendo que o grau de escrutínio público a que estamos sujeitos, pelas nossas funções, não possa ser banal. É por compreender essa necessidade de transparência que também gostaria que compreendessem que não posso abdicar da defesa de um princípio que considero muito importante: o de que ninguém deve ocupar uma função profissional por favor, como ninguém deve ser prejudicado na sua vida profissional por causa do marido, da mulher, da mãe ou do pai. A Catarina, que é a minha mulher e a mãe do meu filho Sebastião é, também, a Catarina Gamboa: excelente profissional, pessoa de enorme competência e confiança", conclui.

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