Passos Coelho quer novas eleições

Primeiro-ministro defende revisão constitucional.

13 de novembro de 2015 às 01:00
passos coelho Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Partilhar

O primeiro-ministro demissionário não se conforma com o derrube de "um governo legítimo" e defendeu que o Parlamento devia ser dissolvido e convocadas novas eleições legislativas. "Estou inteiramente disponível para dar o meu apoio a uma revisão constitucional extraordinária que garanta a possibilidade de o Parlamento ser dissolvido para que seja o povo português a escolher o seu Governo", disse esta quinta-feira Passos Coelho, numa sessão pública em Lisboa promovida pelo PSD e CDS-PP.

Uma revisão constitucional exige a aprovação por dois terços dos deputados, portanto são necessários os votos do PS. E foi aos socialistas que Passos Coelho lançou o desafio: "Se aqueles que querem governar na nossa vez não querem governar como golpistas ou como fraudulentos, deveriam aceitar essa revisão constitucional e permitir a realização de eleições."

Pub

O líder do PSD criticou ainda duramente o acordo entre o PS, PCP, BE e PEV, dizendo que "é uma soma de derrotados, não é estável nem duradouro" e, portanto, "não existe". Considerou, aliás, que "o governo do PS é uma fraude eleitoral."

Passos Coelho classificou os acordos assinados entre os quatro partidos como uma "frente de esquerdas desunidas" e disse que ainda não existe uma solução política de governo (acordo à esquerda), pelo que esse "Parlamento devia ser dissolvido".

Pub

"E se o Parlamento não respeita a vontade popular, a vontade que os eleitores manifestaram nas urnas, em circunstâncias normais, esse Parlamento deveria ser dissolvido, para que fosse o povo a decidir que Governo desejaria ter", acrescentou o líder do PSD. E deixou uma certeza: "Podem demitir-nos, mas desistir é que nós não desistimos, não deixaremos de lutar pelo nosso país em todo o lado."

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar