O último adeus a Pinto Balsemão, símbolo político e da comunicação social
Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro já chegaram ao Mosteiro dos Jerónimos para homenagear o fundador do PSD.
O velório de Francisco Pinto Balsemão começou esta quarta-feira pelas 18h30 no Mosteiro dos Jerónimos. A missa de corpo presente terá lugar amanhã, quinta-feira, 23 de outubro, às 13h00, no mesmo local, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa Emérito, D. Manuel Clemente.
O último adeus ao símbolo político e da comunicação social está a ser feito pelos amigos, pela família e por entidades nacionais.
O CEO do grupo Impressa e filho de Francisco Pinto Balsemão, Francisco Pinto Balsemão, chegou acompanhado pela sua mulher e filhos às cerimónias fúnebres. A sua irmã Mónica Balsemão chegou acompanhada pela sua filha Marta Balsemão e o Diretor de programas e jornalista da SIC, Daniel Oliveira.
A jurista e ex-eurodeputada Ana Gomes recorda o papel de Pinto Balsemão no "pluralismo, no pluralismo dos media, algo essencial porque sem isso não há democracia", e relembra a fundação do jornal Expresso ainda no tempo da ditadura.
Aos jornalistas, Passos Coelho antigo primeiro-ministro disse optar por fazer uma declaração apenas após o velório.
Paulo Núncio, deputado pelo CDS-PP também está presente no velório, assim como Basílio Horta o ainda presidente da câmara municipal de Sintra, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco e a vice-presidente da AR Teresa Morais.
Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro estiveram juntos no velório de Pinto Balsemão e recusaram falar à comunicação social.
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz pelo PSD e antigo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, já está presente no velório. À comunicação social considerou Balsemão como um "elemento para solidificar a democracia", destacando o seu trabalho como primeiro-ministro e em prol da liberdade da imprensa.
Ramalho Eanes, ex-Presidente da República, não falou à comunicação social à chegada ao Mosteiros de Jerónimos, estando visivelmente emocionado.
Luís Marques Mendes, atual candidato à presidência da república e ex-presidente do PSD, destaca que Balsemão foi "durante estas décadas um verdadeiro senador da República, da democracia e da comunicação social", à chegada ao velório. "Em todas estas áreas ele deixou uma marca de sabedoria", acrescentou. Outro candidato às eleições de janeiro de 2026, António José Seguro, antigo secretário-geral do Partido Socialista, também chegou ao velório de Francisco Pinto Balsemão.
O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho recorda Francisco Pinto Balsemão como "uma figura marcante da democracia" portuguesa e admitiu que o PSD de hoje é diferente do de então, o que considerou natural.
"Tudo o que não evolui, morre. As instituições são outras, o passado que temos atrás de nós foi muito importante para definir o que somos e como aqui chegámos, mas não é o que nos define para o futuro", afirma Pedro Passos Coelho aos jornalistas, à saída do velório de Pinto Balsemão, que decorre no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes deixou elogios também ao contributo de Francisco Pinto Balsemão para a democracia, destacando a sua ação como primeiro-ministro "numa altura de grande crispação", que acompanhou enquanto chefe de Estado.
Ramalho Eanes compareceu à noite no velório de Francisco Pinto Balsemão, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, acompanhado pela mulher, Manuela Eanes, e falou aos jornalistas à saída da igreja.
O antigo Presidente da República elogiou o papel de Balsemão "na conquista da democracia" e "da liberdade e da independência da comunicação social" e na fundação do então PPD, atual PSD, "um partido extremamente importante na altura e ainda hoje".
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