Cecília Meireles lamentou que o país se encontre "abaixo da média europeia no que toca a recuperação".
O CDS-PP defendeu esta quinta-feira que a economia portuguesa tem de "recuperar o mais depressa possível", pois está "abaixo da média europeia", e o primeiro-ministro respondeu que há "boas condições" para em 2022 o país ultrapassar a situação de 2019.
No debate sobre política geral com o primeiro-ministro, que decorre esta tarde na Assembleia da República e é o primeiro desta sessão legislativa, a deputada Cecília Meireles apontou que o Orçamento do Estado para este ano "previa um crescimento de 5,4%", mas a economia portuguesa deverá "provavelmente crescer quase menos um ponto percentual", o que na sua opinião se "deve ao facto de Portugal ter tido a pior descida de PIB no primeiro trimestre".
"Tivemos de facto um primeiro trimestre terrível", considerou a centrista, apontando que também 2020 "foi pior do que o imaginado" e falando em "cerca de menos de dois milhões de euros de crescimento económico face ao inicialmente previsto".
Cecília Meireles referiu que "a solução é Portugal recuperar o mais depressa possível".
No entanto, lamentou, o país encontra-se "abaixo da média europeia no que toca a recuperação".
"Mais de oito países da União Europeia já têm o seu PIB mais ou menos no estádio em que tinham antes da pandemia, Portugal só deve lá chegar em meados do ano que vem e está atrás da média europeia em recuperação", criticou a deputada do CDS.
Na resposta, o primeiro-ministro disse que a deputada "tem razão" porque quando o orçamento foi discutido em outubro "ninguém previa" um "aumento gigante da pandemia no primeiro trimestre" do ano, o que "foi fortemente penalizador da economia".
"Acho que temos boas condições para ter a expectativa de, ao longo do próximo ano, já termos recuperado e ultrapassado da situação em que estávamos em 2019, antes do início da pandemia", salientou António Costa.
O primeiro-ministro salientou que, "felizmente, os dados demonstram que nos trimestres subsequentes" a economia portuguesa teve "um forte crescimento, sobretudo apoiado na grande resistência do emprego que está a ser o grande motor do crescimento".
Questionado sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022), o primeiro-ministro indicou que o Governo terá na sexta-feira "um último Conselho de Ministros para a sua aprovação" e apontou que as propostas vão corresponder às prioridades já elencadas - "o desagravamento da tributação sobre a classe média e um forte apoio fiscal às novas gerações e em particular aos jovens no sentido da sua autonomização".
Na sua intervenção, a deputada democrata-cristã considerou que, durante a campanha eleitoral autárquica, Costa "andou a prometer mexidas no IRS", tendo questionado "se as promessas vão sair do papel e se vão tornar realidade".
Cecília Meireles quis saber também se o OE2022 contempla "medidas para a competitividade de Portugal e que permitam de facto a recuperação económica" e pediu "a garantia de que o Governo não vai obstaculizar" a proposta do CDS-PP para uma "contra corrente entre Estado e contribuintes", apontando que foi uma medida "que o Governo prometeu em 2016 e nunca cumpriu".
A deputada perguntou também ao chefe de Governo se podia garantir que "nenhum português com os mesmos rendimentos vai pagar mais IRS em 2020 do que pagou em 2021, só esta pequena garantia para poder falar em alívio fiscal", mas não teve uma resposta direta por parte de António Costa.
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