Secretário-geral adjunto do PS afirmou que o maior partido de oposição "vive agarrado à maledicência" e perdeu o contacto com a realidade.
O PS acusou este domingo o PSD de ser "incapaz de reconhecer os muitos progressos que o país fez ao longo dos últimos oito anos" e de não ter "nenhuma proposta concreta, desde logo na habitação".
Em reação ao discurso do líder social-democrata, Luís Montenegro, este domingo na Universidade de Verão do PSD, em que apontou arrogância ao Governo socialista por recusar as propostas do seu partido, o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, afirmou aos jornalistas que o maior partido de oposição "vive agarrado à maledicência" e perdeu o contacto com a realidade.
"O discurso do líder do PSD de hoje [este domingo] é incapaz de reconhecer, como aliás tem sido hábito por parte do maior partido da oposição, os muitos progressos que o país fez ao longo dos últimos oito anos e até, inclusivamente, muitos dos progressos que o país fez nesta presente legislatura e, portanto, desde as últimas eleições legislativas", declarou João Torres.
O dirigente socialista elencou a taxa de desemprego, evolução dos salários e pensões, manuais escolares e creches gratuitas, e rebateu as críticas do maior partido da oposição sobre habitação e em matéria de fiscalidade, que o PS recusa discutir "como se de um duelo se tratasse".
"O PSD, desde a designada 'lei Cristas' que foi aprovada na Assembleia da República com os votos da direita, entende que o mercado é capaz de por si só resolver todos os problemas no setor da habitação e no mercado da habitação e aquilo que é possível ver, ao longo dos últimos anos, é que isso não corresponde à realidade", considerou.
O secretário-geral adjunto do PS referiu que, desde que o Governo assumiu funções no final de 2015, construiu "uma nova estratégia para a habitação e para a intervenção do Estado", que disse incluir uma nova lei de bases para o setor, e políticas abrangendo 270 estratégias locais, em parceria com os municípios, que estão em execução e vão alcançar mais de cem mil agregados familiares.
Após o veto presidencial ao pacote do executivo "Mais Habitação", e amplas críticas da oposição e de associações do setor, Torres reiterou que a estratégia do Governo para esta área "está em plena execução" e o decreto "chumbado" em Belém vinha nesse seguimento e "merece ser confirmado" na Assembleia da República.
"Isso é feito sem nenhuma arrogância por parte do Partido Socialista", comentou, acrescentando que "a única solução para o PSD é simplesmente recomeçar do zero todo o trabalho que tem sido desenvolvido".
O dirigente socialista rejeitou também, em relação à política fiscal, as acusações de Montenegro ao primeiro-ministro e ao PS de "castigarem ainda mais a classe média" se 'chumbarem' as propostas de redução do IRS dos sociais-democratas, antecipando que António Costa será "habilidoso" nessa recusa.
O líder social-democrata voltou este domingo ao tema que marcou a Festa do Pontal do partido, a meio de agosto, e na qual apresentou cinco propostas ao nível do IRS, incluindo uma redução ainda este ano das taxas do IRS em todos os escalões, à exceção do último, que seria financiada pelo excedente da receita fiscal.
O PS recusa assumir essa "discussão com infantilidade, como se, na prática, quase um duelo se se tratasse", nem aceita "lições de moral sobre fiscalidade por parte do PSD", disse João Torres
O Governo vai "continuar a baixar o IRS sem prejudicar outras medidas importantes para beneficiar o rendimento das famílias" e promover "uma descida seletiva" do IRC, lembrando ainda as medidas contempladas no IVA Zero para combater a inflação, adiantou.
Segundo o secretário-geral adjunto do PS, "os portugueses pagam menos 2.000 milhões de euros de IRS do que pagariam com as regras que estavam em vigor no final de 2015", além de ter sido eliminada a sobretaxa deste imposto e alterada a configuração dos escalões, com uma descida de dois pontos percentuais num deles, além de dinamizado o IRS jovem.
O presidente do PSD afirmou este domingo que o partido está a trabalhar para "ganhar as próximas eleições europeias" e defendeu ser preciso "acordar Portugal para a falta de competência" da liderança de António Costa.
"Estes oito anos valeram a pena? Qual foi a evolução de Portugal? (...) Tivemos dois anos de pandemia a que se seguiram dois anos de pandemónio", disse.
Montenegro lembrou as 13 demissões no Governo e imaginou o que se diria na comunicação social se ele próprio tivesse tido apenas três demissões na direção do PSD.
"É preciso acordar Portugal para a falta de competência de liderança do dr. António Costa como primeiro-ministro. Nós estamos a dar provas de que somos capazes de liderar um Governo com mais competência e mais resultados do que o PS", afirmou.
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