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"25 de Abril é insubstituível, 25 de Novembro também", diz Aguiar Branco

Presidente da Assembleia da República defendeu que o 25 de Novembro permitiu a consolidação da liberdade e da democracia representativa liberal.

17 de novembro de 2025 às 17:00

O presidente da Assembleia da República afirmou esta segunda-feira que o 25 de Abril é insubstituível e com um lugar único na história da democracia portuguesa, assim como o 25 de Novembro, que deve ser celebrado "com dignidade".

"Não devemos avaliar as datas de 25 de Abril e de 25 de Novembro como sendo datas em alternativa. O 25 de Abril é único, insubstituível, tem uma marca estruturante e fundamental na democracia portuguesa e foi ele que deu início ao processo todo de liberdade. É uma data única, insubstituível e que tem o seu lugar histórico, absolutamente único, na história da democracia portuguesa. O 25 de Novembro também", declarou José Pedro Aguiar Branco.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), da Universidade do Minho, no Campus de Azurém, em Guimarães, distrito de Braga, o presidente da Assembleia da República defendeu que o 25 de Novembro permitiu a consolidação da liberdade e da democracia representativa liberal.

"Aquela que permite que todos possam ter a sua representação no parlamento, e liberdade, viesse a ser consolidada face a desvios que, no entretanto, tinham acontecido no processo revolucionário. Tem o seu momento também importantíssimo, único no que diz respeito ao seu posicionamento na História de Portugal. Não devemos confundir, eles não se sobrepõem, são momentos distintos, com uma importância capital para a história democrática de Portugal", vincou o presidente do parlamento.

Sendo uma celebração que divide a direita e a esquerda política portuguesa, Aguiar Branco foi questionado sobre o eventual risco de se equiparar o 25 de Novembro ao 25 de Abril e também se considera que foram realizados todos os debates necessários nesta matéria.

"Riscos há em toda a parte, na vida. A vida, em si, também é um risco. Os debates também já aconteceram e acontecem com naturalidade num estado de direito democrático, onde há liberdade para nós discutirmos as ideias. É saudável, é normal que essas discussões aconteçam", salientou o presidente da Assembleia da República.

Aguiar Branco lembra, contudo, que foi o parlamento que "definiu e considerou por maioria" a celebração do 25 de Novembro.

"Significa que em democracia é assim: é pelo voto maioritário que se define aquilo que é a nossa vontade coletiva. E definiu também que o 25 de Novembro merecia comemoração da Assembleia da República, ainda para mais nos 50 anos do 25 de Novembro, com uma dignidade que é a dignidade compatível com a importância que também teve para a consolidação do regime democrático em Portugal", adiantou Aguiar Branco.

O presidente da Assembleia da República pede que não se alimente polémicas entre as duas datas, considerando não fazer sentido.

"Cada uma tem o seu momento único na História de Portugal e nós devemos agradecer ambas, porque são elas que permitiram que nós agora aqui hoje possamos estar", frisou Aguiar Branco.

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