A edição de hoje
Histórico social-democrata do Porto justificou que lugar na Assembleia da República "não é uma profissão e muito menos um emprego".
Com a convicção que "ser deputado não é uma profissão e muito menos um emprego, o homem que o PSD quer como presidente da Assembleia da República renunciou ao mandato parlamentar em janeiro de 2019 para mostrar ao então líder do partido que não precisava de "lugarzinhos".
José Pedro Aguiar-Branco, o antigo ministro da Defesa e da Justiça, que também foi líder da bancada parlamentar laranja, justificou a saída porque "o parlamento é um espaço de confronto de projetos num exercício de liberdade que não nos deve fazer esquecer que ser deputado é mais do que uma profissão", disse então. Aguiar-Branco revelou na época que o abandono do Parlamento não estava relacionado com o momento político do PSD - o líder do partido, Rui Rio, tinha sido desafiado por Luís Montenegro a convocar diretas antecipadas -, mas pela vida que tinha para além da política.
"Renuncio ao mandato. Também não sou candidato nas próximas eleições legislativas. O que mostra também que toda a minha avaliação da situação não tem nada a ver nem com lugares nem com 'lugarzinhos' como aquilo, infelizmente, foi trazido para a discussão pública", disse numa entrevista à RTP.
José Pedro Correia de Aguiar-Branco, que ontem falhou a eleição para a presidência da Assembleia da República", nasceu em 1957, no Porto, e foi deputado desde a X legislatura. No Governo, ocupou os cargos de ministro da Defesa no Governo social-democrata de Passos Coelho entre 2011 e 2015. Foi também ministro da Justiça no Governo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Santana Lopes.
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