Deputada esteve no debate quinzenal em substituição da coordenadora nacional, Mariana Mortágua, que está numa flotilha que se dirige a Gaza.
A deputada única do BE, Andreia Galvão, acusou esta quarta-feira o Governo de "asfixiar a democracia", alertando para a crise na habitação e pedindo um "país viável" para jovens, pensionistas e "quem trabalha".
Na sua estreia na Assembleia da República, em substituição da coordenadora nacional, Mariana Mortágua, que está numa flotilha que se dirige a Gaza, Andreia Galvão confrontou o primeiro-ministro com a crise na habitação e o anteprojeto do Governo que pretende rever as leis laborais.
"Num trimestre tivemos o aumento do valor da compra das casas de 17%, noutro trimestre tivemos o aumento do custo do arrendamento em 10%. Perante tudo isto, como é que é possível que a medida do Governo para responder a esta crise seja ao fim do limite do aumento das rendas?", questionou Andreia Galvão.
A bloquista continuou, perguntando que "perante a generalização do trabalho precário dos jovens, como é que é possível que a medida do Governo seja o ataque à segurança laboral".
"Perante tudo isto, como é que é possível, numa altura em que os jovens emigram cada vez mais à procura de uma vida melhor, que a medida do Governo seja a eternização do trabalho temporário? Baixos salários, habitação inacessível, instabilidade. Esta é a asfixia da democracia", vaticinou.
A deputada afirmou que "Portugal tem que ser viável para os jovens, para os pensionistas, para quem trabalha e para toda a gente que não desiste de quem somos".
Na resposta, o primeiro-ministro começou por apontar ao BE uma "asfixia eleitoral".
"A reiterada posição contra tudo aquilo que é dinâmico na sociedade portuguesa tem conduzido o Bloco de Esquerda a um resultado que hoje está expresso na circunstância da senhora deputada se encontrar sozinha neste plenário em representação da sua força política", criticou.
O chefe do executivo enumerou algumas das medidas que anunciou no início do debate, sobre a habitação, tema ao qual se vai dedicar o Conselho Ministros desta semana.
"Estamos em condições de anunciar que vamos reforçar o valor da dedução à coleta em sede IRS dos encargos com as rendas de habitações a valores moderados. De dizer aos senhorios que vão ter um imposto sobre o rendimento do arrendamento menor, para quê? Não é para ganharem mais dinheiro, é para colocarem, para ser mais rentável, colocar os seus imóveis no mercado de arrendamento", explicou.
Montenegro continuou, argumentando que o Governo pretende transmitir a quem vende, "nomeadamente, fundos que possam ter habitações ou proprietários individualmente considerados", que o Estado não vai tributar as mais-valias se o produto dessa venda for aplicado em reinvestimentos na área dos imóveis para arrendamento.
O chefe do executivo salientou que o Governo quer "simplificar ainda mais as regras de licenciamento, de colocação destes imóveis no mercado" e vai aproveitar "todas as linhas de financiamento que somos capazes de negociar com o Banco Europeu de Investimento para construir e renovar, no caso, mais 12 mil habitações públicas para arrendamento".
"Estamos a dizer que contamos com todos, incluindo com o setor privado, para, em parceria com o Estado, ter mais casas no setor do arrendamento. É assim que se resolve o problema", respondeu.
Andreia Galvão acusou o primeiro-ministro de ter confirmado que "o preço das casas vai continuar alto e os salários vão continuar baixos": "Não é surpreendente, mas asfixia o nosso povo", lamentou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.