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António Costa quadruplicou o salário como presidente do Conselho Europeu

Remuneração de cargos políticos europeus em relação a portugueses chega a ser quase cinco vezes mais elevada.

28 de janeiro de 2025 às 10:36

António Costa, presidente do Conselho Europeu, quadruplicou a remuneração mensal bruta em comparação com o cargo anterior de primeiro-ministro português. Juntando salário base e subsídios, o valor ronda os 38 mil euros. Comparando também com o vencimento do atual primeiro-ministro Luís Montenegro, cerca de 8 mil euros, Maria Luís Albuquerque, indicada por Costa para comissária europeia, ganha mais do triplo, quase 30 mil euros.

As instituições europeias praticam 12 salários em vez de 14, como se faz em Portugal. Ainda assim, a diferença é significativa. Um eurodeputado recebe quatro vezes mais do que um deputado português em regime de exclusividade e três vezes mais do que um ministro, segundo as contas do Jornal de Notícias com base num levantamento do Instituto Mais Liberdade.  

Um deputado português recebe 4,6 mil euros, enquanto em eurodeputado recebe 21,4 mil euros, quase quintuplicando. Quanto aos ministros do Governo português, a remuneração foi atualizada para 7,6 mil euros, bastante abaixo daquilo que recebe um deputado do Parlamento Europeu. 

O estudo sobre os salários dos principais cargos políticos está atualizado com valores de 2025 em Portugal, e na Europa com dados de 2024. 

André Pinção Lucas, diretor-executivo do instituto, destacou ao JN que “os salários dos cargos europeus não dependem naturalmente da nacionalidade dos seus titulares, pelo que o salário remuneratório é maior para quem vem de países com salários mais baixos”. 

António Costa, como primeiro-ministro, recebia cerca de 8,3 mil euros em 2024. Neste momento, Luís Montenegro recebe quase 8,8 mil euros com a reposição do corte de 5% no salário dos políticos e atualização dos vencimentos da Função Pública. As alterações constituem um acréscimo de quase meio milhar para o atual chefe do executivo este ano. 

“O significativo prémio salarial” e a “vantagem financeira a longo prazo, dados os benefícios que recebem após abandonarem o cargo ou se reformarem”, mostram que “ir para Bruxelas pode ser bastante aliciante para um político”, destaca Lucas. 

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