Presidente do CDS-PP falou sobre as respostas por escrito que o primeiro-ministro deu à comissão parlamentar de inquérito.
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A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro de "falta de honestidade política" nas respostas por escrito que deu à comissão parlamentar de inquérito ao caso do furto de material militar de Tancos.
"O primeiro-ministro tem tudo menos honestidade política, tem tudo menos frontalidade", afirmou Assunção Cristas num jantar-comício para as eleições europeias de domingo, no dia em que foram conhecidas as respostas, por escrito, de António Costa à comissão parlamentar de inquérito, em que o líder do executivo admite, segundo a líder do CDS, que pode ter encoberto "uma situação gravíssima e um atentado sério ao estado de direito".
Os centristas, afirmou, ficaram "sem saber a resposta" à pergunta sobre se o "primeiro-ministro sabia e se tinha sido conivente com a farsa encenada" em torno da recuperação do material roubado em junho de 2017, quatro meses depois, em outubro.
"Conseguiu dar respostas contraditórias e manter a dúvida em cima da mesa", afirmou Assunção Cristas, depois de nomear as hipóteses.
Se António Costa "sabia e nada fez, foi cúmplice e conivente neste encobrimento [na recuperação do material militar], é inaceitável e inadmissível para um primeiro-ministro".
"Se não sabia, e por isso não foi conivente, então o Governo... nem sei que lhe hei-de chamar. É um Governo inexistente, de tal forma incompetente que admite que haja um ministro [da Defesa] que não conta ao primeiro-ministro uma coisa tão séria quanto este encobrimento no coração do Estado de Direito em Portugal", disse.
A apontou ainda ao ex-ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes que, na versão de Assunção Cristas, ds duas uma -- "ou foi desleal ao primeiro-ministro ou o primeiro-ministro encobriu uma situação gravíssima e um atentado sério ao Estado de Direito".
O primeiro-ministro, António Costa, confirmou que teve conhecimento do "memorando" sobre a operação da Polícia Judiciária Militar de recuperação do material furtado em Tancos na manhã do dia 12 de outubro do ano passado.
"Na manhã do dia 12 de outubro de 2018, foi-me presente, pelo meu chefe do gabinete, um `documento´ não assinado, não datado e não timbrado", referiu António Costa, em resposta escrita a uma das perguntas da comissão de inquérito ao furto de Tancos, a que a Lusa teve acesso.
No documento com as respostas às perguntas dos deputados do PSD, do BE e do CDS-PP [o PS e o PCP não enviaram perguntas], António Costa confirma assim as informações prestadas pelo seu chefe de gabinete, Francisco André, em audição na comissão de inquérito.
Tal como Francisco André tinha referido, o documento "tinha-lhe sido entregue pelo assessor militar, major-general Tiago Vasconcelos, a quem pouco tempo antes nesse mesmo dia fora facultado pelo tenente-general Martins Pereira [ex-chefe de gabinete do então ministro da Defesa Azeredo Lopes].
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