Em causa está a escolha de José Carlos Cidade para vogal intermunicipal do Conselho de Administração da ULS Gaia/Espinho, que o PS/Gaia repudiou.
O vice-presidente da Câmara de Gaia, Álvaro Santos, defendeu esta terça-feira que o vogal nomeado pela autarquia para a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Gaia/Espinho, que foi condenado por burla, "já pagou por isso".
"Conheço bem o Dr. José Carlos Cidade e não tenho dúvidas de que ele é um cidadão íntegro. Se alguma vez na sua vida cometeu alguma irregularidade, em que foi condenado pelo tribunal, já pagou por isso", disse hoje o vice-presidente na reunião pública do executivo municipal, decorrida nos Paços do Concelho.
Em causa está a escolha de José Carlos Cidade para vogal intermunicipal do Conselho de Administração da ULS Gaia/Espinho, que o PS/Gaia, na segunda-feira, repudiou, considerando que mesmo que a lei o permita, a ética e a moral públicas deveriam impedir este tipo de nomeações.
Hoje, o vereador socialista João Paulo Correia apresentou uma moção subscrita pelos vereadores do PS (rejeitada pela maioria de vereadores PSD/CDS-PP/IL e Chega) em que reiterou a "profunda indignação" perante a indicação, lembrando que "a pessoa indicada foi condenada por burla contra a Junta de Freguesia da Madalena, autarquia que presidia, um facto de extrema gravidade que, por si só, deveria afastar de qualquer possibilidade de exercício de funções executivas na administração pública".
Vincou ainda que em causa estava uma "ilegalidade" e não uma "irregularidade", como dito pelo vice-presidente da autarquia.
Por seu lado, Álvaro Santos considerou que a condenação "não deve ser um fator impeditivo de exercer as funções públicas na sua vida", pois "se assim fosse, muitos dos autarcas do país, muitos deputados, muitas pessoas que exercem funções públicas no país não podiam exercê-las", lembrando que José Carlos Cidade não está "inibido de direitos cívicos".
Álvaro Santos sugeriu ainda que poderia haver "motivações políticas" para a indignação do PS devido ao "percurso político" de José Carlos Cidade, que foi militante do PS desde 1979 e presidente da junta da Madalena pelos socialistas, partido do qual se desfiliou em julho deste ano, na véspera das eleições autárquicas de outubro, para integrar a lista de vereadores da coligação PSD/CDS-PP/IL, apesar de não ter sido eleito.
"Acho que ele está, hoje em dia, no caminho certo e com as pessoas certas. Mas isto é a minha opinião", vincou o vice-presidente, acusando ainda os socialistas de "falsos moralismos".
Na sexta-feira, durante a reunião do Conselho Metropolitano do Porto, Luís Filipe Menezes, eleito nas últimas eleições autárquicas de outubro, indicou para vogal intermunicipal do Conselho de Administração da ULS Gaia/Espinho, em representação daqueles dois municípios, José Carlos Cidade Rodrigues de Oliveira.
O social-democrata explicou que a Câmara de Gaia indicava, para estes dois anos, o vogal intermunicipal e que, depois nos outros dois, essa indicação seria feita pela Câmara de Espinho.
José Carlos Cidade Rodrigues de Oliveira, que foi presidente da Junta de Freguesia da Madalena entre 2001 e 2009, foi condenado a pagar uma multa de 900 euros por burla quando exercia esse cargo.
A Lusa tentou obter uma reação do visado, mas ainda não obteve respostas.
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