Socialista assegurou que o PS terá uma postura de oposição "firme, responsável", de "alternativa ao Governo e uma oposição construtiva".
José Luís Carneiro, candidato único a secretário-geral do PS, afirmou esta terça-feira que o executivo tem dito que "quer planar" mas desejou que o primeiro-ministro saiba "onde aterrar", e evite "locais impróprios para a salvaguarda dos valores democráticos".
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, à margem do debate sobre o programa do XXV Governo Constitucional, o deputado e candidato à liderança socialista José Luís Carneiro foi questionado sobre o facto de Luís Montenegro ter prometido manter um "diálogo franco" com o PS, mas sem excluir o diálogo com outras forças.
"O primeiro-ministro tem dito que quer planar, nós aquilo que desejamos é que saiba onde quer aterrar e que evite aterrar em locais que sejam impróprios para a salvaguarda dos valores democráticos", respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas.
O socialista assegurou que o PS terá uma postura de oposição "firme, responsável", de "alternativa ao Governo e uma oposição construtiva".
"Aquilo que procurei transmitir, como puderam ouvir, é que Luís Montenegro tem que clarificar qual é o parceiro com o qual quer dialogar. Nós entendemos da sua palavra, que procurará avaliar os termos em que pode realizar esse diálogo. Vamos agora aguardar por essa avaliação", acrescentou.
O antigo ministro da Administração Interna começou esta declaração por louvar o trabalho dos elementos das forças e serviços de segurança, num dia em que a Polícia Judiciária (PJ) desmantelou uma milícia armada de extrema-direita, com centenas de munições, armas militares e explosivos apreendidos.
A operação "Desarme 3D", que levou à detenção de seis pessoas do Movimento Armilar Lusitano (MAL), teve início em 2021 e, salientou José Luís Carneiro, "permitiu identificar alguns dos inimigos da democracia e que atentam contra o Estado de Direito democrático".
"Quero manifestar o meu especial apreço pelas forças e serviços de segurança e, particularmente, pela Polícia Judiciária e pelo trabalho que acabou de concluir procurando levar os responsáveis por aqueles que são atentados aos valores fundamentais da nossa Constituição, à Justiça", elogiou.
Carneiro foi ainda interrogado sobre o anúncio do primeiro-ministro de que, até ao final do ano, o Governo prevê o início em funções de 1.500 elementos na GNR e PSP, considerando que estão em causa "boas decisões".
"Tudo o que tiver que ver com o reforço dos meios humanos, logísticos, materiais e tecnológicos para capacitar as forças e os serviços de segurança, contará o Governo com todo o apoio e disponibilidade do PS para apoiar esse esforço", assegurou.
O socialista salientou que "combater aqueles que procuram minar a confiança dos cidadãos na sociedade democrática, no espaço livre, na defesa dos direitos, das liberdades e dos garantias dos cidadãos, é um dever de todos os democratas".
Momentos mais tarde, o porta-voz do Livre Rui Tavares também veio comentar esta operação da PJ, considerando que está em causa "um passo decisivo" e valorizando o trabalho das forças de segurança, desejando que "nunca lhe faltem meios".
Rui Tavares lamentou que, durante a primeira parte do debate sobre o programa do Governo, que decorre até terça-feira, tenham sido feitas "várias menções à insegurança" mas tenha faltado "coragem política de assumir de onde vem a insegurança em recrudescimento nos últimos dias".
"Ela vem claramente de setores ligados à extrema-direita, que estão organizados, que têm grupos e grupúsculos, alguns dos quais os nomes pouco conhecidos são e que depois vimos a saber no decurso de investigações", apontou, lamentando as recentes agressões por membros de grupos de extrema-direita ao ator da companhia de teatro A Barraca ou a um cidadão no centro histórico de Guimarães, que, segundo Tavares, é membro do Livre.
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