Coordenadora do BE apelou para que seja a própria justiça ou mesmo aqueles que estão a ser investigados a terem a iniciativa.
A coordenadora do BE apelou esta segunda-feira à Justiça e aos investigados no âmbito da operação Lex para tomarem a iniciativa de se afastarem das funções de forma a "não criarem alarme e manterem a confiança nas instituições de justiça".
"Julgo que o Conselho Superior de Magistratura iria fazer declarações hoje. Aguardo serenamente pelas declarações do Conselho Superior de Magistratura. Mas, julgo que todos nós compreendemos a gravidade. A partir do momento em que há investigação, é muito difícil haver confiança na justiça com juízes que estejam nas suas funções, com investigações deste calibre", afirmou Catarina Martins.
A líder bloquista falava aos jornalistas em Belmonte, distrito de Castelo Branco, onde se deslocou para participar no projeto "À Descoberta de Personalidades Nacionais", do centro escolar local.
Voltando a comentar as notícias sobre indícios de fraude e falhas na distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) por parte do seu atual presidente, Orlando Nascimento, a líder do BE apelou para que seja a própria justiça ou mesmo aqueles que estão a ser investigados a terem a iniciativa de se afastar das suas funções.
"Aquilo a que eu apelo é que a própria justiça ou mesmo aqueles que estão a ser investigados, que tenham a iniciativa de se afastar das suas funções, para não criarem alarme e para manterem a confiança nas instituições de justiça", salientou.
Catarina Martins considerou ainda que o atual clima de suspeição deve "preocupar muito" toda a gente.
"É de uma enorme preocupação a ideia de que há corrupção na justiça. Está a ser investigada, naturalmente até ao fim dos processos há toda a presunção da inocência de todos os envolvidos. Mas a investigação acontece e deve preocupar-nos a todos bastante. Agora a melhor forma de não criar alarmismos e manter a confiança na justiça é, já o disse e repito, que quem está a ser investigado suspenda as suas funções. Não é ao Parlamento que cabe ter uma posição sobre isso. A própria justiça pode fazê-lo", concluiu.
No âmbito desta operação são arguidos os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, bem como o ex-presidente do TRL Luís Vaz das Neves.
A Operação Lex, que ainda está em fase de investigação no Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, tem atualmente mais de uma dezena de arguidos, entre os quais o funcionário judicial do TRL Octávio Correia, o advogado Santos Martins, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, João Rodrigues e os três juízes.
O ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) Vaz das Neves afirmou hoje que não teve qualquer tipo de benefício por intervenções suas em atos de distribuição de processos, enquanto esteve à frente daquele tribunal.
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