"A Amazónia é uma causa global. Como disse o Presidente Lula, não é uma responsabilidade exclusiva do Brasil", referiu António Costa.
O primeiro-ministro manifestou esta sexta-feira apoio à intenção do Presidente eleito do Brasil organizar na Amazónia, em 2025, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30) e afirmou ter esperança na conclusão do acordo Mercosul/União Europeia.
Estas posições foram transmitidas por António Costa em São Bento, durante uma conferência de imprensa com o Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
"A Amazónia é uma causa global. Como disse o Presidente Lula, não é uma responsabilidade exclusiva do Brasil. É uma grande reserva da humanidade e por isso deve ser uma responsabilidade coletiva", declarou o líder do executivo português.
A seguir, o primeiro-ministro salientou que, "se o Brasil pretende organizar a COP30 na Amazónia, seguramente com o apoio de Portugal contará, porque é muito importante que isso aconteça".
António Costa aproveitou também para vincar a ideia de que, na sequência da vitória de Lula da Silva nas presidenciais brasileiras, o Brasil voltará a protagonizar uma posição em defesa do multilateralismo no plano diplomático.
"Temos de estar juntos no espaço da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), no espaço das Nações Unidas e nas grandes causas globais. E temos de estar juntos no esforço que é preciso fazer para aproximar a União Europeia e a América do Sul, o Mercosul em particular", afirmou.
Neste ponto referente às relações entre a União Europeia e o Mercosul, o primeiro-ministro situou a sua esperança no segundo semestre de 2023, quando a Espanha assumir a presidência do Conselho da União Europeia.
"É uma grande responsabilidade que Portugal e o Brasil têm como países irmãos, como os pontos mais próximos dos dois lados do atlântico", disse, numa nova alusão aos sucessivos obstáculos que têm sido levantados à conclusão de um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
Ao nível bilateral, António Costa reiterou a tese de que a eleição de Lula da Silva como Presidente do Brasil "e mesmo um virar de página".
"Há muito tempo que não tínhamos esta proximidade, este carinho entre os responsáveis políticos de Portugal e do Brasil. Não tínhamos bilateralmente, na CPLP e no mundo", acrescentou.
Há seis anos que Portugal e o Brasil não realizam a sua cimeira bilateral.
A 12.ª Cimeira Luso-Brasileira, a última, realizou-se em Brasília em novembro de 2016, com a participação do então Presidente do Brasil, Michel Temer, e do primeiro-ministro português, António Costa.
Esteve prevista a 13.ª Cimeira Luso-Brasileira para 02 de fevereiro de 2018, em Lisboa, mas foi adiada por acordo entre os dois países.
Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro aproveitou também para reiterar a posição diplomática portuguesa a favor da entrada do Brasil para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Lula da Silva disse muito bem que hoje a ONU não pode ser a de 1948 e, por isso, Portugal tem defendido a reforma do Conselho de Segurança. E temos dito que um dos países membros do Conselho de Segurança é o Brasil, mas para isso é preciso que o Brasil não esteja fora do mundo e ainda bem que regressa ao mundo, porque assim pode estar por direito próprio no lugar que merece", completou o líder do executivo português.
Lula da Silva convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, para estarem presentes na sua posse como chefe de Estado do Brasil, em 01 de janeiro, em Brasília.
Interrogado se vai estar presente, António Costa deu uma resposta prudente.
"Combinarei obviamente com o Presidente da República como é que Portugal estará representado na posse de Lula da Silva. Estaremos seguramente representados todos - os portugueses - qualquer que seja a forma de representação. Falarei primeiro com o Presidente da República", acentuou.
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