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Costa “votará seguramente” nas presidenciais mas não apoia Seguro

Dez anos depois de disputa interna no PS, antigo primeiro-ministro fica em silêncio sobre as presidenciais.

28 de novembro de 2025 às 01:30

António Costa “votará seguramente” nas eleições presidenciais, mas não irá declarar apoio a nenhum candidato. Nem ao candidato que recebeu o apoio formal do PS, António José Seguro. “Estou fora da política nacional, foi uma fase da minha vida que está encerrada”, disse o presidente do Conselho Europeu, à SIC e ao ‘Expresso’. “Desejo que os portugueses possam escolher o melhor Presidente da República. Eu próprio votarei, seguramente, porque esse direito tenho”, afirmou o antigo primeiro-ministro.

Estas declarações surgem na semana em que faz 10 anos que tomou posse como primeiro-ministro do Governo que ficou conhecido como ‘geringonça’. Antes daqui chegar Costa enfrentou Seguro, em eleições primárias no PS, para a eleição do novo secretário-geral do partido. À época Seguro era o líder dos socialistas, mas acabou por ser derrotado por Costa, na sequência de uma guerra interna provocada pelo antigo inquilino de São Bento.

Depois de o PS ter vencido as eleições europeias de 2014 por uma margem curta, Costa defendia que, com as políticas de austeridade que o Governo de Passos Coelho estava a implementar, os socialistas deviam ter uma votação maior e que “a maior tragédia seria chegar às legislativas” seguintes “com resultados iguais a este”. Abriu assim uma guerra interna no partido, que um ano depois perdeu as legislativas para o PSD/CDS.

Dez anos depois continua um clima tenso entre a ala costista e Seguro, que após ter estado todo este período afastado da política é candidato à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa. Além de não ter o apoio do seu substituto na liderança do PS, também não conta com o apoio do seu antecessor José Sócrates, que declarou apoio a Gouveia e Melo, o que até deixou o almirante desconfortável. Para esta quinta-feira estava marcado o segundo debate de Seguro para as presidenciais, contra Cotrim de Figueiredo, porém este foi adiado por motivo de saúde do socialista. Cotrim desejou-lhe “rápida recuperação”.

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