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Costa promete programa só com compromissos testados

"O maior desafio que se coloca às nossas democracias é a relação de confiança"

30 de abril de 2015 às 15:14

O secretário-geral do PS advertiu esta quinta-feira que as democracias europeias atravessam uma crise de confiança e frisou que o seu partido apresentará um programa eleitoral com compromissos cuja exequibilidade possa merecer a confiança dos cidadãos.

Palavras proferidas por António Costa perante a Câmara do Comércio Luso Espanhola, numa intervenção em que dedicou 20 dos 30 minutos à explicação dos objetivos políticos, económicos e financeiros do documento elaborado para o PS por um conjunto de economistas, denominado 'Uma década para Portugal'.

Com o antigo ministro das Finanças social-democrata Eduardo Catroga sentado na plateia, António Costa referiu-se sobretudo à crise de confiança nos regimes democráticos que afeta vários Estados-membros da União Europeia.

O secretário-geral do PS advertiu que o cenário macroeconómico "não é o programa de Governo" do seu partido, mas a base e o enquadramento no qual será elaborado o futuro programa eleitoral.

"Hoje, o maior desafio que se coloca às nossas democracias é a relação de confiança que se estabelece entre governantes e cidadãos - e a confiança passa designadamente pela credibilidade das propostas políticas que se apresentam. Ao fim de anos governados por modelos económicos, todos sentimos que é necessário afirmar o primado da política, mas o primado da política não se afirma se as políticas não forem sustentáveis e se não passarem no crivo da exequibilidade", advertiu o líder socialista.

Cenário macroeconómico

Por essa razão, segundo António Costa, o PS desenhou um cenário macroeconómico, definindo a margem de exequibilidade de políticas públicas para a próxima legislatura.

Após justificar perante os convidados da Câmara Luso Espanhola os motivos subjacentes às propostas do cenário macroeconómico socialista no sentido de travarem a celebração de contratos a prazo e para reduzirem a taxa social única de empregadores e trabalhadores, o secretário-geral do PS frisou que esse documento ainda se encontra em discussão pública, sobretudo entre parceiros sociais e agentes económicos.

Nesse contexto, deixou uma mensagem de caráter político: "Vamos apresentar um programa de Governo credível, em que as pessoas possam confiar nos compromissos assumidos".

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