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Cotrim Figueiredo minimiza previsões de André Ventura para a segunda volta

Candidato presidencial criticou ainda as dúvidas levantadas sobre a independência do Ministério Público face aos períodos eleitorais.

28 de setembro de 2025 às 18:23

O candidato presidencial Cotrim de Figueiredo minimizou este domingo as previsões eleitorais de André Ventura e criticou as dúvidas levantadas sobre a independência do Ministério Público face aos períodos eleitorais.

Falando no Estoril, Cascais, à margem do Encontro Nacional Autárquico da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo criticou as declarações feitas este domingo em Ansião pelo líder do Chega, André Ventura, que disse acreditar que iria disputar a segunda volta das presidenciais com o almirante Gouveia e Melo.

"Não sei se vocês ligam muito às capacidades de previsão política de André Ventura, ele nem das suas próprias decisões consegue fazer previsões", ironizou o eurodeputado liberal.

"Nem há um mês, o único fato em que estava interessado era o fato de primeiro-ministro, portanto, nem as suas escolhas de alfaiataria ele consegue prever, quanto mais os resultados da primeira volta", acrescentou, mostrando-se confiante numa vitória.

Cotrim de Figueiredo foi depois perentório: "tenho condições para chegar à segunda volta e, chegando à segunda volta, não tenho dúvida que vencerei". O candidato liberal lamentou também as críticas feitas pelo gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, ao momento em que o Ministério Público pediu informações sobre a empresa Spinumviva.

"Parece uma discussão requentada das legislativas", incluindo "as insinuações de que há no Ministério Público a gestão dos timings de investigação em função dos calendários eleitorais", comentou Cotrim de Figueiredo.

"Não se deve nunca pôr em causa a independência do Ministério Público sem ter a certeza do que se está a falar", salientou o candidato presidencial, considerando que se a Procuradoria "pede a documentação que pede é porque necessita dela para instruir o processo como deve ser" e cabe ao primeiro-ministro "facultar a documentação que é necessária sem fazer comentários e fazê-lo no espaço de tempo mais curto possível".

Mas depois, "compete à justiça também ser o mais célere possível, para não ter esta suspeição permanente sobre a cabeça de um titular de um cargo político muito importante em funções", acrescentou.

Cotrim de Figueiredo criticou também a "falta de clareza" das propostas para o setor da habitação por parte do Governo.

"Quando se anunciam medidas destas e ninguém entende exatamente o que é que está em causa, não só não vai ajudar a solução do problema, como ainda gera mais ruído e entropia", disse, considerando que "as soluções devem ser simples por si só e simples de explicar e de entender", porque, caso contrário, não se está "a fazer serviço nenhum" à população.

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