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Europeias vão testar “força” do Governo

António Costa admite que mau resultado poderá ser usado para “enfraquecer” o Executivo.

25 de março de 2019 às 01:45

O apelo ao voto nas eleições europeias, feito ontem por António Costa, tem um outro plano no horizonte: o de uma nova legislatura. E, por isso, o primeiro-ministro não esconde que a votação para o Parlamento Europeu servirá para "dar força" ao atual Governo socialista.

"É muito importante participar nestas eleições europeias. Não sejamos ingénuos, há quem sonhe com uma má votação do PS nestas eleições europeias para enfraquecer o Governo do PS e as políticas que temos vindo a seguir", afirmou ontem o primeiro-ministro em Leiria, perante uma plateia composta sobretudo por jovens.

O "combate à direita" começa então nas eleições europeias para que, a 6 de outubro, o PS consiga o melhor resultado possível. O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel e o centrista Nuno Melo acabaram por ser os principais alvos no discurso de ontem: "são residentes não habituais e não percebem nada do que se passa hoje [em Portugal]".

As questões europeias foram também o tema forte de uma longa entrevista que o primeiro-ministro deu ontem ao ‘Público’. António Costa insiste que é urgente avançar com uma reforma do euro, para corrigir assimetrias e evitar novas crises. "O euro foi o maior bónus à competitividade da economia alemã que a Europa lhe poderia ter oferecido", afirmou.

O chefe do Governo lembrou ainda os perigos da ascensão da extrema-direita e lamenta que "alguns partidos" estejam a utilizar posições que acabam por "legitimar o discurso" mais radical, sobretudo em questões como a imigração.

Também em relação à União Europeia, António Costa já tem planos definidos para uma próxima legislatura. "Se continuarmos a governar, temos uma prioridade muito clara: a nossa presidência da UE e as relações da Europa com África", afirmou ao ‘Público’.

SAIBA MAIS

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Idade mínima para votar faz com que estas eleições sejam as primeiras onde vão votar cidadãos nascidos já no século XXI. Jovens têm sido uma das prioridades assumidas na campanha socialista.

Encontro

O PS termina hoje as chamadas "jornadas de proximidade" em Portalegre, sem a presença do secretário-geral, António Costa. O programa desta espécie de jornadas parlamentares terá uma duração mais curta, inferior a 24 horas, e prevê várias visitas no distrito.

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