"Se faltam, não comunicaram a necessidade", afirmou Fernando Alexandre.
O ministro da Educação revelou esta segunda-feira no Porto ter pedido um levantamento para perceber a razão pela qual algumas escolas reportaram não ter computadores para os alunos, garantindo que a situação não se deve a falta de verba.
Fernando Alexandre participou na sessão de encerramento da 10.ª edição do Fórum de Outono do INESC TEC, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência dedicado ao tema "Ser Humano na Era da Inteligência Artificial, Identidade, Ética e Sociedade num Mundo Tecnológico", que assinalou o 40.º aniversário da unidade de investigação em tecnologias de informação.
Em declarações aos jornalistas após o evento, o ministro da Educação, Ciência e Inovação garantiu que não é "por falta de recursos" que "alguma escola não tem computadores".
Questionado sobre o que estaria na base dessa falha, o governante informou que vai indagar o que aconteceu "porque os diretores foram questionados sobre a necessidade de comprar computadores", insistiu.
"Se faltam, não comunicaram a necessidade", afirmou Fernando Alexandre.
E prosseguiu: "não estou a dizer que não é possível melhorar algumas dimensões, não tanto na parte do uso dos alunos, mas mais até nos computadores administrativos e das bibliotecas, que ainda são muito antigos e que nós gostaríamos de poder substituir rapidamente. O que estou a dizer é que não tem sido por falta de verbas. Tem havido é um problema, às vezes, de gestão dos equipamentos".
Fernando Alexandre garantiu ainda que "não há um caso de uma escola que tenha pedido verba para comprar computadores que não tenha tido a verba do ministério".
Sobre o tema da Inteligência Artificial (IA) que o fez estar no evento, Fernando Alexandre frisou que a estratégia para a inteligência artificial na educação, que está ser preparada pelo Governo "não vai substituir professores (...) mas será um complemento muito importante, porque de facto hoje o efeito que tem nos estudantes mais jovens, nos estudantes mais velhos, nos diferentes níveis de ensino [faz com] que quem não a usar vai estar em desvantagem".
"Cada aluno, o país como um todo, tem que acompanhar esta revolução. Porque senão vamos ficar para trás. Porque quem usa a inteligência artificial, de facto, tem mais capacidade", insistiu o ministro para quem se deve olhar para a IA como uma "ferramenta como a possibilidade de personalizar o ensino, mas nunca substituindo o professor, porque o professor terá um papel também nessa personalização e no uso dessas ferramentas".
Questionado sobre as manifestações dos estudantes relativamente à ecologia e ao fim das energias fósseis agendadas para os próximos dias, Fernando Alexandre sublinhou ser Portugal "um exemplo nas energias renováveis".
"Nós, infelizmente, fomos prejudicados por não termos energia fóssil, não termos petróleo. Isso foi uma desvantagem competitiva para Portugal, mas nós hoje, nas energias renováveis, somos um exemplo a nível mundial", continuou o governante que, reconheceu as preocupações dos estudantes, concordou ser o tema "algo que deve mobilizar a todos sempre".
Para o ministro: "o mundo não é só para os que cá estão agora, é para os que vêm a seguir também. Eu penso que é esse o propósito dos estudantes. Mas eu penso que Portugal, nessa área das energias, o caminho que nós fizemos, até com a valorização dos transportes públicos, fizemos também com o passe ferroviário verde, por exemplo, são passos no sentido certo".
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