Governante e presidente do CDS-PP discursava na abertura solene do ano letivo da Academia da Força Aérea, que decorreu na Base Aérea N.1 em Sintra.
O ministro da Defesa Nacional defendeu esta quarta-feira que a Força Aérea deu "um passo em frente" ao adquirir quatro helicópteros Black Hawk para ajudar em missões de emergência médica "porque não quer que fique tudo na mesma".
"Assim que o problema está identificado, temos uma de duas possibilidades: ou não fazemos nada, ou tentamos ajudar. E a Força Aérea dá um passo em frente, porque não quer que fique tudo na mesma. Porque quer prestar o seu auxílio. Sabemos que há muito também quem queira que fique tudo na mesma. Mas nós, na Defesa Nacional, estamos neste passo do lado certo da História", defendeu Nuno Melo.
O governante e presidente do CDS-PP discursava na abertura solene do ano letivo da Academia da Força Aérea, que decorreu na Base Aérea N.1 em Sintra, distrito de Lisboa. Nuno Melo manifestou-se confiante de que "haverá muitas vidas que serão salvas por causa deste esforço, mais um, da Força Aérea portuguesa".
Numa altura em que se tem debatido publicamente a adequabilidade destes meios para missões de emergência médica, Nuno Melo reagiu às críticas, rejeitando ter "alguma predileção por qualquer tipo de equipamento" uma vez que "nessa matéria não é especialista". "Nós vivemos num país em que toda a gente é especialista. Toda a gente sabe de tudo. E, ao que parece, sabem imenso de helicópteros. E eu confesso que não sei", ironizou.
O governante defendeu que, nas decisões que toma, tem por base "pareceres técnicos" e insistiu que a Força Aérea já realiza este tipo de missões nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. "Quero sublinhar que a Força Aérea dá agora, no que tem a ver com esta emergência médica, mais um passo em frente. E fá-lo abnegadamente e desinteressadamente, colocando pilotos, tripulações, médicos e enfermeiros altamente qualificados e treinados ao serviço do povo português", afirmou.
Nuno Melo dirigiu-se de seguida diretamente ao chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, agradecendo o "empenho" e "espírito de missão" do militar nesta matéria. Na terça-feira, em Oeiras, Nuno Melo já tinha defendido que os helicópteros Black Hawk que serão adquiridos pela Força Aérea podem ser utilizados para emergência médica, detalhando que, este ano, estes equipamentos já aterraram em 25 heliportos do país.
O ministro reagia à notícia do jornal Público que, citando a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), afirma que os quatro Black Hawk que a Força Aérea vai adquirir só podem aterrar num dos setes heliportos hospitalares autorizados a receber transportes aéreos de emergência médica, devido ao seu comprimento. Nuno Melo explicou que quem tem competência para certificar estes helicópteros é a Autoridade Aeronáutica Nacional, e que os equipamentos militares estão excluídos da dimensão civil, sobre a qual atua a ANAC.
O governante garantiu também que "a Autoridade Aeronáutica Nacional já certificou estes helicópteros para aterrarem nestes locais todos", detalhando que é este organismo que regula também quais são os espaços onde os helicópteros militares podem aterrar, se for necessário. Destacando a "competência técnica" do ramo em várias das suas missões, que incluem o combate a incêndios florestais ou ao tráfico de droga, Nuno Melo enalteceu que a Força Aérea está a explorar novas dimensões, nomeadamente o espaço, através do projeto luso-espanhol "Constelação do Atlântico".
Esta parceria visa a construção de satélites, em Portugal, que poderão ser vendidos, com o ministro a destacar que esta é uma oportunidade que gerará "empregos qualificados, muitíssimo melhor remunerados" e "trará retorno financeiro para a economia nacional".
"Neste momento assistimos ao que muitos designam terceira e quarta corrida espacial. E o que nos importa é saber que, por causa disto, por causa do que estamos a fazer na Defesa Nacional, através da Força Aérea, Portugal está na linha da frente dessa corrida espacial. E não é ficção", afirmou. Nuno Melo deixou ainda uma palavra aos alunos presentes, salientando que sabe que são "assediados todos os dias" por empresas do setor privado para saírem da Força Aérea, devido às suas competências altamente especializadas, mas apelou para que fiquem no ramo militar, "que encarna a pátria portuguesa".
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