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Governo diz que declaração de Marcelo encerrou assunto sobre chefia da Armada

André Moz Caldas foi questionado sobre a polémica, que garante não ter sido "matéria de agenda" da reunião do Executivo.

30 de setembro de 2021 às 15:33

O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros afirmou, esta quinta-feira, que o assunto da chefia do Estado-Maior da Armada "está encerrado" com o comunicado de quarta-feira do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na conferência de imprensa do Conselho de Ministros que esta quinta-feira decorre no Palácio da Ajuda, em Lisboa, André Moz Caldas foi por diversas vezes questionado pelos jornalistas sobre a polémica dos últimos dias em torno da chefia do Estado-Maior da Armada, um tema que garante não ter sido "matéria de agenda" da reunião do Governo.

"Quanto à questão do Chefe de Estado-Maior da Armada, aquilo que me pergunta não é a respeito de factos, é mais a respeito de uma avaliação sobre os factos e eu repito o que disse há pouco: o senhor Presidente da República produziu um comunicado e, portanto, o assunto está, desse ponto de vista, encerrado", respondeu, apesar da insistência da comunicação social.

O Presidente da República recebeu na quarta-feira o primeiro-ministro e o ministro da Defesa e considerou que "ficaram esclarecidos os equívocos" sobre a chefia do Estado-Maior da Armada, segundo uma nota divulgada por Belém.

"O Presidente da República recebeu, a seu pedido, o primeiro-ministro, que foi acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional. Ficaram esclarecidos os equívocos suscitados a propósito da chefia do Estado-Maior da Armada", lia-se na nota divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Na terça-feira à noite, fontes ligadas à Defesa Nacional disseram à agência Lusa que o Governo iria propor ao Presidente da República a exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, cargo que ocupa desde 2018, tendo sido reconduzido para mais dois anos de mandato com início em março deste ano.

A agência Lusa noticiou também que o Governo o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, era o nome que o Governo iria propor para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.

Na quarta-feira, após uma visita à Casa do Artista, em Lisboa, o Presidente da República afirmou que a saída do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado, antes do fim do mandato está acertada, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas lamentou ver o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo envolvido em notícias sobre a substituição do chefe do Estado-Maior da Armada, numa situação que pode parecer "de atropelamento de pessoas ou de instituições".

Nos termos da lei orgânica das Forças Armadas, os chefes dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

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