Governo não quer para já abordar a hipótese de serviços mínimos.
O Governo assinalou esta quinta-feira que está de "portas abertas" ao diálogo para evitar a greve geral, defendendo que a paralisação prevista "não serve os interesses dos portugueses", sem querer para já abordar a hipótese de serviços mínimos.
"Os portugueses querem que o diálogo avance, não querem que o país pare", disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião semanal do Conselho de ministros, em que defendeu que o executivo tem feito "aproximações efetivas" às posições das centrais sindicais.
O ministro defendeu que "a procissão legislativa ainda vai no adro", recorrendo a uma expressão já utilizada pelo Presidente da República, e, questionado se o Governo admite decretar serviços mínimos na greve geral prevista para 11 de dezembro, recusou abordar para já este tema.
"Nós não vamos escalar a linguagem num momento em que há decisões a tomar, não há sequer pré-avisos, e nós esperemos que não venham a existir", disse.
Leitão Amaro nunca respondeu ao facto de alguns dirigentes do PSD também terem divergências quanto ao pacote laboral em discussão na concertação social -- como a presidente da UGT e vice-presidente do PSD Lucinda Dâmaso ou o líder dos Trabalhadores Social-Democratas, Pedro Roque.
"Perguntaram-me a quem é que serve esta greve, eu garanto-vos a quem é que não serve: aos portugueses, que vão ficar apeados na estação de comboio, que vão ficar apeados à porta de serviços públicos, que querem trabalhar e não conseguem, que querem deixar os filhos para aprender e não conseguem", apontou, depois de o primeiro-ministro ter dito que a paralisação serviria apenas interesses partidários de PS e PCP.
O ministro da Presidência escusou-se a abordar qualquer reunião em concreto com a UGT, contrapondo que têm existido muitas, e defendeu que "o Governo está a dar passos concretos, de efetivas aproximações aos parceiros sociais, mostrando uma verdadeira, uma real e concretizada abertura séria ao diálogo".
"Não se percebe por isso - e eu creio que os portugueses não compreendem - porque é que, estando numa fase de conversas e de diálogo, há uma greve, e se quer parar o país", afirmou.
Leitão Amaro repetiu alguns dos argumentos já utilizados pelo primeiro-ministro, dizendo que a greve geral "é incompreensível" quando existem aumentos de salários mínimos e médios, descida de impostos e um "histórico de acordos" laborais durante o ano e meio de governação PSD/CDS-PP.
"Ninguém compreende que alguns queiram parar o país prejudicando a vida de tantos milhões", criticou.
Perante a insistência dos jornalistas -- que também o questionaram se o Governo irá negociar o pacote laboral apenas com o Chega -, o ministro reiterou apenas, nesta fase, a disponibilidade de dialogar em sede de concertação social.
"Portas abertas, braços abertos ao diálogo, e um esforço proativo de fazer aproximação", resumiu.
A UGT aprovou hoje a decisão de avançar, em convergência com a CGTP, para uma greve geral em 11 de dezembro, contra o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral, um anúncio feito já depois de terminada a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.
A decisão foi hoje aprovada por unanimidade e aclamação pelo Conselho Geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), sob proposta do secretariado nacional.
Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da 'troika'.
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