Secretário de Estado da Agricultura disse que o "expoente máximo" deste desinteresse passa, por exemplo, pelos cursos de formação agrária, que ficaram com vagas por preencher.
O secretário de Estado da Agricultura afirmou esta quinta-feira, em Espanha, que o desinteresse pelo mundo rural é um dos fatores que potenciam os incêndios, defendendo a necessidade de criar incentivos para fixar a população.
"As pessoas, ao longo dos últimos anos, foram-se desinteressando pelas atividades rurais, pelo mundo rural, foram abandonado. As parcelas foram ficando cada vez mais pequenas, desinteressantes para qualquer tipo de produção, e aquilo que temos é que criar incentivos para fixar pessoas à terra, dar alento e atratividade para o mundo rural", referiu João Moura, em declarações aos jornalistas, em Cáceres, Espanha, à margem do Congresso Ibérico Agropecuário e Florestal (CIAF).
De acordo com o governante, o "expoente máximo" deste desinteresse passa, por exemplo, pelos cursos de formação agrária, que ficaram com vagas por preencher, mas também pela "falta de afirmação da agricultura" face a outros setores da sociedade.
O secretário de Estado da Agricultura disse que o Governo tem vindo a reunir-se com as escolas profissionais agrícolas e com o ensino superior agrário, uma prática que referiu não ter acontecido nos últimos anos.
Conforme apontou, as 14 escolas de ensino profissional não eram recebidas pelo Ministério da Agricultura, que não definia estratégias e conteúdos programáticos, e, por sua vez, no Ministério da Educação eram vistas como "o patinho feio", uma vez que estavam desintegradas do resto da formação curricular.
João Moura assegurou que o executivo tem vindo a incentivar os jovens para que estes tenham orgulho naquilo que é produzido em Portugal e nas boas práticas utilizadas.
"Temos de passar a mensagem de que não somos desfavoráveis a quem tem tendências alimentares diferentes àquilo que é normal no ser humano. Respeitamos tudo, mas não podemos deixar que essas tendências tentem condicionar o que é uma prática normal, nomeadamente o consumo de carne. Temos de ter muito orgulho na carne que produzimos e em quem consome carne", rematou.
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.
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