Secretário de Estado da Proteção Civil lembrou que dos cerca de 15 mil operacionais das corporações de bombeiros do continente, mais de 11 mil são voluntários.
O Governo quer "profissionalizar a primeira intervenção" prestada pelos bombeiros no socorro em todos os concelhos do país, indicou esta terça-feira o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, salientando que "não pode estar sujeita ao voluntariado".
"Neste momento, temos 765 equipas permanentes e o nosso objetivo vai ser mesmo garantir que em todos os concelhos de Portugal existe uma resposta [profissionalizada] na primeira intervenção 24 horas por dia, 365 dias por ano", afirmou.
O governante falava aos jornalistas após uma reunião com a secretária regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira, Micaela Freitas, que decorreu no Funchal, no âmbito de uma visita de trabalho à região autónoma.
"O nosso objetivo é, e está no Programa do Governo, profissionalizar a primeira intervenção", declarou.
Rui Rocha disse que este objetivo não impede que o país continue a contar com "a dimensão de voluntariado, a sua capacitação, a sua formação, a sua experiência".
"É essencial que assim seja", reforçou, salientando que o país é de "recursos escassos".
"Diria que não tem capacidade financeira, por um lado, para ter a profissionalização plena e, por outro, julgo que era desperdiçar uma tradição que existe em Portugal de voluntariado com gente muito capaz", acrescentou.
O secretário de Estado da Proteção Civil lembrou que dos cerca de 15.000 operacionais das corporações de bombeiros do continente, mais de 11.000 são voluntários, mas reiterou que o Governo pretende profissionalizar a primeira intervenção.
"A primeira intervenção não pode estar sujeita ao voluntariado", defendeu.
Rui Rocha destacou, por outro lado, as "boas práticas" instituídas na Região Autónoma da Madeira em relação ao estatuto e carreira dos bombeiros voluntários, classificando-as como "bom exemplo".
"Neste momento, também no continente estamos a tratar desse problema, que é da valorização dos profissionais que estão nos corpos de bombeiros naquilo que é o estatuto de carreira e remuneração", disse.
Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP) estipulou um modelo de financiamento, envolvendo os municípios, que assegura a profissionalização de parte das corporações de bombeiros voluntários, com atualizações salariais e benefícios ficais e sociais, garantindo também verbas para aquisição de equipamentos.
"Desse ponto de vista, aqui já estão mais à frente", disse o governante, realçando a participação dos municípios no processo.
"Esse é, de facto, o aspeto mais diferenciador que eu levo, até como um estilo para que eu também possa, no continente, conseguir que os municípios possam olhar para exemplo que já existe nas regiões autónomas", afirmou.
O secretário de Estado da Proteção Civil disse, por outro lado, que o Governo vai lançar um novo concurso público internacional para aquisição de meios aéreos de combate a incêndios, através do qual vai afetar um helicóptero à região autónoma.
O primeiro concurso lançado este ano ficou deserto, pelo que a Madeira continua a dispor apenas de um meio aéreo.
"Estamos a trabalhar para que no mais curto espaço de tempo possamos colocar na Madeira o meio aéreo que a Madeira reclama e que está consagrado no último Orçamento do Estado", disse Rui Rocha, explicando que, mesmo antes de lançar o concurso, o Governo está a avaliar a possibilidade deslocar um helicóptero do contingente nacional para a região ainda este ano.
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