Segundo a ministra do Ambiente e Energia , o executivo tem já pronto um diploma que "torna mais simples a criação de zonas de grande procura" e clarifica as regras de atribuição.
A ministra do Ambiente e Energia afirmou esta terça-feira que o Governo está a preparar legislação para acelerar a atribuição de ligações à rede elétrica e simplificar processos ambientais, em resposta aos pedidos do setor de licenciamentos mais céleres nas renováveis.
"Estamos a trabalhar em linha com esses objetivos. É uma grande prioridade para nós investir em redes elétricas, não só na rede em si, como na sua resiliência, e também no armazenamento", disse Maria da Graça Carvalho à margem da cerimónia que assinalou a injeção da primeira molécula de hidrogénio numa turbina pela EDP, na central termoelétrica do Ribatejo, em Alenquer.
A governante respondia a perguntas dos jornalistas sobre o apelo feito na mesma cerimónia pelo presidente executivo (CEO) da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, de acelerar o licenciamento para investimento nas renováveis.
Segundo a responsável, o Governo tem já pronto para Conselho de Ministros um diploma que "torna mais simples a criação de zonas de grande procura" e clarifica as regras de atribuição de capacidade de ligação à rede, nomeadamente quando um projeto desiste ou o faz parcialmente.
"Temos uma legislação que vem clarificar isso para ser muito mais rápido", adiantou, sublinhando que também na área ambiental estão em curso medidas para acelerar licenciamentos, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
A governante apontou ainda para a transposição em curso da diretiva europeia sobre energias renováveis (RED III), que introduz as chamadas "zonas de aceleração", nas quais os projetos já não necessitam de estudos de impacto ambiental individuais.
"Sines será com certeza uma dessas zonas", afirmou, acrescentando que o Governo quer estender o modelo a outras áreas de grande procura como Lisboa, Abrantes ou Estarreja.
Questionada sobre o facto de o hidrogénio utilizado no projeto-piloto do Ribatejo, no âmbito do projeto europeu FLEXnCONFU, não ser totalmente verde, a ministra explicou que o objetivo foi testar a inovação da co-combustão numa turbina. "O difícil aqui foi introduzir um eletrolisador, o armazenamento, o transporte e depois misturar o hidrogénio com gás natural. Essa é a novidade", afirmou.
Maria da Graça Carvalho reconheceu que parte dos projetos de hidrogénio apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não avançou, mas desvalorizou as desistências.
"Não vejo drama que alguns projetos desistam, desde que não se perca o dinheiro e que seja reaplicado noutras tecnologias", disse, apontando a "complexidade extrema" e a falta de eletrolisadores de grande dimensão como fatores que explicam as dificuldades.
A ministra assegurou ainda que Portugal está a trabalhar para atrair indústrias que possam consumir o hidrogénio produzido. "Isso será muito importante não só para utilizar o hidrogénio, mas porque vai dar trabalho e crescimento económico em Portugal", concluiu.
O evento desta terça-feira marcou também a primeira produção de hidrogénio pela EDP na Europa, no âmbito do projeto europeu FLEXnCONFU, que junta 21 parceiros de 10 países e é financiado pelo programa Horizonte Europa.
A iniciativa foi concretizada na central termoelétrica de ciclo combinado do Ribatejo, em Alenquer, com o objetivo de validar a aplicação prática da combinação de hidrogénio e gás natural em contexto de operação, algo ainda pouco explorado no setor.
O piloto, que foi desenvolvido por um consórcio internacional que reúne 21 parceiros de 10 países europeus, inclui um eletrolisador de 1,25 MW, que permitirá produzir, comprimir e armazenar hidrogénio para depois ser usado em mistura com gás natural na turbina da central.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.