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IL critica marcação de greve geral e mostra-se disponível para melhorar novo pacote laboral

"Ameaça dos Sindicatos de parar o país a 11 de dezembro prejudica as pessoas e não contribui para melhorar as condições de quem trabalha", lê-se na nota.

10 de novembro de 2025 às 16:53

A IL criticou esta segunda-feira a marcação de uma greve geral, considerando que o país não "pode ficar refém" de quem esteve "sistematicamente do lado errado da história" e mostrando-se disponível para melhorar a "ambição reformista" do pacote laboral.

Em comunicado, a Iniciativa Liberal critica a CGTP e a UGT pela decisão de marcar uma greve geral para dezembro por defenderem que, embora o direito à greve seja "inquestionável numa sociedade livre", não se "pode sobrepor ao direito das pessoas de acederem aos serviços de que dependem no seu dia a dia".

"A ameaça dos Sindicatos de parar o país a 11 de dezembro prejudica as pessoas e não contribui para melhorar as condições de quem trabalha", lê-se na nota.

O partido argumenta que a "narrativa de que só a esquerda é que defende os trabalhadores está errada" e que Portugal "precisa, efetivamente, de uma lei laboral mais flexível", frisando que a "rigidez da atual legislação impede a criação de mais e melhores oportunidades de emprego e dificulta a adaptação das empresas e trabalhadores às novas realidade do mercado de trabalho".

"Uma greve geral não cria emprego, não aumenta salários e não melhora as condições de quem trabalha. Pelo contrário, agrava a incerteza e afasta investimento. Quando se marcam greves enquanto ainda decorrem negociações, desvaloriza-se todo o processo negocial que é natural em processos de reforma laboral", defendem os liberais.

Para a IL, "flexibilidade e proteção não são inimigos", mas sim "duas faces da ambição" de um "país livre, próspero, e com oportunidades para todos".

O partido reitera que "participará ativamente na melhoria e expansão da ambição reformista deste pacote laboral, sem qualquer receio de provocar as mesmas forças que ao longo de décadas paralisaram o país", acrescentando que "os portugueses não podem ficar reféns de forças políticas e sindicais que estiveram sistematicamente do lado errado da história, impedindo o país de se adaptar e evoluir no seu modelo económico".

"Portugal precisa de reformas sérias. A greve não é a solução, mas as reformas são", escreve a IL, que antes sublinha que está na defesa de "quem trabalha, quem quer trabalhar e quem cria emprego" e argumenta que "a defesa dos trabalhadores faz-se promovendo uma economia dinâmica, com leis laborais modernas e equilibradas e não parando o país".

Este sábado, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, anunciou uma greve geral para 11 de dezembro, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, em Lisboa. Também a UGT já anunciou que vai propor na quinta-feira ao secretariado nacional a ratificação da decisão de avançar, com a CGTP, para uma greve geral.

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