Francisco Rodrigues dos Santos defende que plano "deveria obedecer a critérios de prudência e gradualismo".
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O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu esta sexta-feira que o plano de desconfinamento apresentado pelo Governo "privilegia velocidade à razoabilidade" e "deveria obedecer a critérios de prudência e gradualismo".
"A opinião do CDS face a este plano de desconfinamento é que ele privilegia a velocidade à razoabilidade. O Reino Unido apresentou um plano de desconfinamento, sendo que lá a vacinação está muito mais avançada e a testagem muito mais massificada, e o calendário é muito mais espaçado para as diferentes atividades, portanto é mais cauteloso e prudente do que aquele que foi apresentado pelo Governo", afirmou o líder centrista.
Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas em Lisboa, depois de uma reunião com a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
O presidente do CDS-PP apontou três críticas ao plano de desconfinamento apresentado pelo primeiro-ministro na quinta-feira à noite, entre as quais o facto de as escolas do primeiro ciclo reabrirem "quando ainda não está preparada e implementada no terreno uma estratégia de testagem de profissionais docentes e não docentes".
Para Rodrigues dos Santos, este plano também é "completamente omisso face ao controlo sanitário que é preciso que exista nas fronteiras" e "deveria obedecer a critérios de prudência e gradualismo que neste momento não estão ainda verificados".
Ao mesmo tempo, o líder centrista destacou pontos positivos, como "o facto de a estratégia de testagem abranger as escolas do setor particular e cooperativo" e a retoma da atividade de cabeleireiros e barbeiros a partir de segunda-feira e também da atividade desportiva, medidas reivindicadas pelo CDS.
Questionado se o CDS apoiará uma eventual lei de emergência sanitária, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que "até aqui os estados de emergência foram um instrumento eficaz para adotar medidas restritivas", pelo que o partido não veria "grande preocupação" se fosse mantida "a lógica que tem vindo a ser seguida até aqui".
Ainda assim, "se de facto houver um consenso parlamentar, em que o CDS não se inibe de poder eventualmente vir a participar", poderão até ser estudadas "formas mais eficazes e adequadas à realidade de uma situação pandémica como esta para dotar os governos dos instrumentos necessários" para a controlar, acrescentou, ressalvando que, no entanto, "isto é um diálogo que tem que haver de forma dinâmica e construtiva com os partidos, que ainda não foi inaugurado".
"Por isso mesmo, não estou em condições de dizer se suporto ou não suporto porque foi uma conversa que ainda não teve lugar", disse o líder do CDS-PP.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira o plano de desconfinamento, que disse ser "a conta-gotas", e que prevê a abertura, já na próxima segunda-feira, de creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo de ensino e as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades, sendo reaberto ainda o comércio ao postigo e estabelecimentos de estética como cabeleireiros.
O plano prevê novas fases de reabertura a 05 e 19 de abril e a 03 de maio, mas as medidas podem ser revistas sempre que Portugal ultrapassar os "120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias" ou que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse 1.
A deslocação entre concelhos para a generalidade da população continua interdita nos dois próximos fins de semana e na semana da Páscoa (26 de março a 05 de abril), e o dever de recolhimento domiciliário vigora até à Páscoa.
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