Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o CDS é "o único partido de direita que não quer arranjinhos com a esquerda nem com a extrema-esquerda".
O presidente do CDS-PP criticou esta quinta-feira entendimentos entre PSD e PS, algo que lhe faz "muita confusão", e recusou o voto útil, defendendo que o seu partido é "o único" à direita que não quer "arranjinhos com a esquerda".
"Faz-me muita confusão que depois de seis anos de poder de António Costa, com o aumento brutal da carga fiscal, o aumento da dívida pública, o aumento da pobreza, os escândalos de corrupção, o estado em que se encontra o SNS e a educação em Portugal e os arranjinhos que fez com a extrema-esquerda, que a nível cultural tem iniciado uma guerra ideológica em Portugal, a começar nas salas de aula, haja um partido que se diz de oposição que admita, depois de contados os votos, entender-se com António Costa", afirmou.
Discursando num jantar-comício em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o CDS é "o único partido de direita que não quer arranjinhos com a esquerda nem com a extrema-esquerda" e "o único partido da direita que diz claramente que um voto no CDS é um voto contra o bloco central de interesses".
"Nós somos o partido que impede que o PSD vá por maus caminhos e que um voto no PSD vá parar ao bolso de António Costa", salientou.
Apontando que o presidente do PSD, Rui Rio, "tem ensaiado um discurso a favor do voto útil", o líder do CDS salientou que "o voto útil acabou em 2015" e que "o que interessa agora não é saber quem fica em primeiro lugar nas eleições legislativas, o que importa é saber que maiorias se conseguem formar no parlamento com deputados".
E deixou a garantia de que "nenhum voto no CDS será desperdiçado".
O quarto dia de campanha eleitoral do CDS-PP rumo às eleições legislativas de dia 30 terminou no distrito de Lisboa, com um jantar-comício num hotel da capital.
Nesta iniciativa, com mais de uma centena de apoiantes presentes, o também cabeça de lista do CDS-PP teve a seu lado o "número dois" e antigo presidente centrista, José Ribeiro e Castro, o vice-presidente da Câmara de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do CDS-PP, Filipe Anacoreta Correia, a porta-voz e cabeça de lista em Setúbal, Cecília Anacoreta Correia, além o vice-presidente Pedro Melo (também cabeça de lista em Santarém).
Também os líderes da concelhia de Lisboa do CDS-PP, Diogo Moura, e da distrital, João Gonçalves Pereira, seus críticos internos, marcaram presença e ficaram sentados na mesa de honra, apesar do frio aperto de mão que Rodrigues dos Santos e Gonçalves Pereira trocaram no início da iniciativa.
No seu discurso, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou a presença do vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, para dizer que se lembra do que as sondagens apontavam nas últimas eleições autárquicas e do resultado que teve a coligação encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas, que foi eleito o novo presidente do município, anteriormente nas mãos do PS.
"Também me lembro bem da vitória eleitoral que tivemos em urnas e é essa a fórmula que eu quero repetir no dia 30 de janeiro, más sondagens mas um grande resultado do CDS", salientou.
Numa saudação a Ribeiro e Castro, o presidente centrista considerou que o "CDS vai ter um exigente teste à sua sobrevivência política" mas mostrou-se convicto de que vai vencer "de forma categórica", tal como aconteceu no passado, "contra aqueles vendilhões do templo que sempre quiseram anunciar a morte" do partido e "sempre foram desmentidos e contrariados pelos portugueses".
Subindo ao púlpito antes do líder, Ribeiro e Castro referiu o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência e alertou que "bazuca e bloco central é uma mistura explosiva".
"Nós sabemos do passado o que é que isso dá em Portugal, nós sabemos o que o centrão dos interesses faz com isso", acrescentou, criticando a falta de crescimento da economia.
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