Presidente da República descreveu-o como alguém que "é brilhantíssimo", mas "muito contido, muito espartano".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, formulou esta quinta-feira a aposta de que José Manuel Durão Barroso vai voltar a um cargo de topo daqui a dez anos, numa alusão a uma eventual candidatura presidencial.
"Eu aposto que não há duas sem três, mas isto obriga-me a viver até aos 87 anos. Portanto, terei de viver mais dez anos para tirar a limpo isso. Não é daquelas apostas fáceis, mas cá estaremos", declarou o chefe de Estado, perante o antigo presidente da Comissão Europeia e antigo primeiro-ministro, que tem 69 anos.
Marcelo Rebelo de Sousa retomou assim uma ideia que já tinha lançado na terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, desta vez na Cidadela de Cascais, durante o encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação que tem Durão Barroso como presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Com o antigo presidente da Comissão Europeia na assistência, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como alguém que "é brilhantíssimo", mas "muito contido, muito espartano", e anunciou que iria "repetir o que disse aqui há dois dias".
O Presidente da República referiu uma vez mais que, "para bem do país", Durão Barroso "encontrou-se várias vezes com a História, e duas ao mais altíssimo nível, como primeiro-ministro português e como presidente da Comissão Europeia".
"E um dos meus desportos favoritos será, uma vez reformado, saber se com ele há duas sem três, ou não, ou não há duas sem três, que é o que os portugueses dizem. Eu aposto que não há duas sem três", acrescentou, suscitando palmas.
O Conselho da Diáspora Portuguesa é associação privada sem fins lucrativos constituída em 2012, com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Cavaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro com posições de destaque.
Esta associação, atualmente dirigida por António Calçada de Sá, tem como presidente honorário o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, como vice-presidente honorário o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e como presidente fundador Filipe de Botton.
Na terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa reapareceu em público, 15 dias depois de ter sido operado a uma hérnia abdominal, no Hospital de São João, no Porto, para o lançamento do livro "O Divórcio das Nações", do diplomata João Vale de Almeida, na Fundação Calouste Gulbenkian, ocasião que aproveitou para elogiar o antigo primeiro-ministro Durão Barroso, presente na sessão.
Nessa ocasião, o chefe de Estado questionou se o antigo presidente da Comissão Europeia, que liderou o PSD e chefiou um Governo de coligação com o CDS-PP, ainda terá novo "encontro com a História" no futuro, eventualmente dentro de "dez anos" - quando Durão Barroso terá 79 anos.
"É uma pessoa que pode, pelo seu nível, se quiser, daqui a dez anos, ser candidato [presidencial], como pode ser candidato a funções internacionais ainda outra vez, porque tem realmente um nível que demonstrou a um nível interno e internacional", esclareceu, no fim, aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa, que na terça-feira disse estar numa "fase de 'fasing out'" e "no caminho para o deserto eterno", voltou esta quinta-feira a falar deste período de fim de mandato, até 09 de março do próximo ano, contabilizando os discursos que lhe restam: "A seguir a este, só há mais quatro".
A seguir, o Presidente da República participou no programa "Natal dos Hospitais", transmitido em direto na RTP, a partir do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, no concelho de Cascais, onde qualificou a saúde como "o problema número um dos portugueses" e elogiou os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Sobre o seu futuro após cessar funções, dividiu-o em "três atividades": ensino de alunos do básico e secundário, voluntariado de cuidados paliativos e promoção da leitura.
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