Candidato presidencial prudência e que se aguarde pelas medidas propostas para averiguar se vão resolver problemas concretos das populações.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou este sábado "positivas e na boa direção" as medidas anunciadas pelo Governo para o setor da Saúde, mas recomendou prudência, alegando que "é melhor aguardar para ver e ver para querer".
"As medidas que vi ontem [sexta-feira] anunciadas parecem-me medidas positivas, medidas na boa direção. Sobretudo, por exemplo, uma medida que eu próprio sugeri antes do verão, que é criar uma urgência regional em Setúbal. Se há três hospitais que não têm condições para ter uma urgência de obstetrícia, então juntem-se. Acho que é de meridiano bom senso", afirmou Marques Mendes aos jornalistas, em Guimarães, distrito de Braga.
O candidato presidencial pediu, contudo, prudência e que se aguarde para ver se as medidas propostas vão efetivamente resolver problemas concretos das populações.
"Mas atenção, eu gosto muito de ser prudente nestas matérias: é preciso ver para querer. Podem ser medidas positivas no papel, mas depois não chegar às pessoas, podem ser medidas muito interessantes no anúncio, mas depois não terem resultados concretos. Portanto, recomendaria muita prudência para ver se estas medidas vão de facto resolver problemas em concreto. Positivas no anúncio, mas do anúncio até à prática, muitas vezes, vai um caminho muito longo. Portanto, é melhor aguardar para ver e ver para querer", disse Marques Mendes.
O candidato presidencial esteve presente na sessão de tomada de posse de Ricardo Araújo como presidente da Câmara de Guimarães, que venceu as autárquicas pela Coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS-PP), com maioria absoluta, colocando fim a 36 anos de maiorias PS.
Marques Mendes foi também questionado sobre as manifestações previstas para hoje em cidades como Lisboa, Porto e Braga, desencadeadas pela historiadora e professora universitária Raquel Varela, contra injustiças sociais, económicas e políticas, sob o mote "Não nos Atirem Burcas para os Olhos".
"Respeito a opinião de cada pessoa. Se esta legislação [lei dos estrangeiros] foi uma coisa para criticar ou humilhar os imigrantes, acho mal. Agora, perguntar se sou a favor ou contra a burca, é como António Barreto diz hoje no [jornal] Público. Sou redondamente contra. Acho que é a maior forma de humilhação das mulheres. Vale a pena ler António Barreto hoje no Público. Um homem de esquerda e que não compreende que as pessoas de esquerda ainda admitam a questão da burca", respondeu o candidato presidencial.
Marques Mendes reiterou que "a burca em qualquer país civilizado é um atentado à dignidade das mulheres".
"Portanto, eu sou contra. Agora, não quero fazer disto um combate contra os imigrantes. Outros podem querer fazê-lo, não é o meu caso", declarou o antigo líder do PSD.
Sobre a lei dos estrangeiros, o também ex-comentador televisivo disse que só se vai pronunciar quando for votada no Parlamento.
"Não posso nem devo ter uma opinião definitiva sobre a lei enquanto não houver lei. E só haverá lei em princípio na próxima terça-feira. Acho que qualquer Presidente da República que diz, em abstrato, eu vou vetar aquela lei, ou eu vou promulgar aquela lei, não é um Presidente da República sensato, é um Presidente da República precipitado. É tudo aquilo que eu não quero ser: nem insensato nem precipitado. Quando a lei existir, e espero que exista, pronunciar-me-ei", assumiu Marques Mendes.
Independentemente da lei, o candidato presidencial considera um "ato de insensatez" que um Presidente da República se pronuncie sobre a mesma sem ainda haver lei.
"Vi um adversário meu, a respeito de alterações às leis laborais, dizer: se houver mudanças nas leis laborais, eu veto. Mas sem existir ainda lei? Não existe. Sem se conhecer se vai no sentido A ou no sentido B, alguém que se pronuncia sem uma lei ainda existente, não é um exemplo de sensatez nem de responsabilidade",defendeu Marques Mendes.
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